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Tesouros da vida eterna

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“O campo de um homem rico tinha dado abundantes frutos, e ele revolvia dentro de si estes pensamentos, dizendo: que farei, que não tenho onde recolher os meus frutos? Farei isto, disse ele: derrubarei os meus celeiros e os farei maiores; e neles recolherei todas as minhas novidades, e os meus bens. E direi à minha alma: alma minha, tu tens muitos bens em depósito para largos anos: descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus disse a este homem: Néscio, esta noite te virão demandar a tua alma, e as coisas que tu ajuntaste, para quem serão? Assim é o que entesoura para si, e não é rico para Deus” (Lucas).

A parábola do rico insensato contada por Jesus e relatada no Evangelho de Lucas nos ensina sobre a transitoriedade da existência corpórea e sobre a insensatez humana, que vive exclusivamente para os seus interesses, despreocupada da fome ou das tribulações de seus semelhantes.

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Considerando a eternidade da vida e as reencarnações sucessivas a que somos destinados, com vistas ao progresso, a riqueza que acompanhará o espírito será aquela construída em seu íntimo, amealhada na vivência dos valores cristãos e no esforço de vencer as más tendências.

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Sendo assim, reflitamos sobre o uso que fazemos das oportunidades, das situações e dos empréstimos de Deus em nossa caminhada espiritual.

O espírito Emmanuel ilumina essa reflexão, através da psicografia do médium Chico Xavier, quando mostra que pode o homem guardar inúmeros títulos de posses terrestres, mas, se ele não for senhor de sua própria alma, seu patrimônio será apenas introdução à loucura; se não adquire conhecimento superior para a velhice de amanhã, de nada adiantarão as alegrias juvenis. Se não possui na intimidade do lar a harmonia em que se fundamenta a felicidade de viver, não lhe valerão riquezas e conforto na casa terrestre. Assim também, se o seu esforço estiver concentrado em empilhar moedas de ouro e prata sem que os seus haveres se transformem em socorro, trabalho e estímulo aos seus semelhantes, edificará tristes ilusões.

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Crescer horizontalmente na Terra, sem a construção dos valores do bem, será caminhar para o desencanto. A Doutrina Espírita esclarece que o homem é o administrador dos bens que Deus depositou em suas mãos. O emprego que lhes dará depende da aplicação de seu livre-arbítrio.

Se temos notícia do Evangelho de Jesus em nossas almas, busquemos os tesouros da vida eterna, distanciando-nos, pouco a pouco, da indiferença e do egoísmo, ainda presentes em nós, almas em estágio evolutivo na Terra. Jesus é o roteiro: “Se alguém me serve, siga-me”.

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