“Não, eu não. Definitivamente” – essa foi a resposta de uma deputada estadual reeleita ao ser questionada sobre a possibilidade de concorrer novamente, em 2024, pela Administração municipal de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
A declaração foi feita durante entrevista transmitida na Rádio Transamérica Juiz de Fora com a parlamentar que, em 2020, concorreu pelo Executivo local. Naquele ano, meses antes da votação, ela aparecia entre os nomes favoritos, segundo as pesquisas de intenção de voto, para assumir a prefeitura da cidade. Mas em novembro, depois da apuração dos votos no 1º turno, ela encerrou a respectiva participação na eleição com a quarta colocação nas urnas – ficando atrás, respectivamente, da prefeita eleita, do empresário que chegou ao segundo turno e da candidata estreante, que ficou em terceiro lugar e, recentemente, conquistou um mandato como deputada federal.
Consta na reportagem publicada no dia 5 de janeiro de 2023, no portal do Jornal Tribuna de Minas, que a deputada estadual revelou que partidos ligados ao próprio grupo político já têm feito convites e promovido conversas quanto à possibilidade de lançar a candidatura de um deputado federal com domicílio eleitoral em Juiz de Fora, que não conseguiu se reeleger e atuava em dupla com a parlamentar entrevistada.
Apesar de ter exposto que ainda “não há nada definido” e que o deputado não garante a pré-candidatura, esse relato demonstra o que especialistas (acadêmicos ou profissionais) da área de Comunicação Política já sabem: 2024 já chegou e não podemos negar.
O próximo pleito municipal é previsto para acontecer no segundo semestre do ano que vem. Mas as articulações e o trabalho já estão ocorrendo: na verdade, o “período oficial de pré-campanha” começou em 31 de outubro de 2022, um dia depois da confirmação que o Brasil teria, pela quinta vez, o Governo federal comandado pelo Partido dos Trabalhadores, tendo ainda o fato inédito de um político assumir a presidência do Brasil pela terceira vez por meio do voto direto.
Estamos na fase que os futuros protagonistas de candidaturas devem buscar fortalecer suas relações pessoais e estratégicas – seja com formadores de opinião (os famosos influenciadores, digitais ou não), seja com pessoas interessadas em colaborar com esse plano. É hora de analisar conjunturas, alinhar questões partidárias e legislativas e monitorar possíveis concorrentes, investindo também em formação e estudos de pautas e processos ligados à efetivação dessa meta.
Ajustamento de candidatura! É preciso ainda tomar cuidado com situações de risco e crises que podem provocar danos de imagem, fazendo com que o objetivo fique inalcançável. O eleitorado tem memória, e esse momento é de procurar por uma boa visibilidade e manter presença social ativa. Cuidar da comunicação, mais do que nunca, é necessário para os pleiteantes de cargos eletivos.
Pensando nessas questões, já é possível identificar algumas movimentações que dão sinais de cidadãos com interesse em disputar as eleições municipais de 2024. Se terão sucesso nas urnas, ainda não podemos cravar. Imprevistos acontecem nesse expressivo jogo político e eleitoral do Brasil. Aguardemos o passar dos dias…