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Descargas atmosféricas

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O aumento na incidência de raios durante o período chuvoso, que se estende até abril, traz riscos à segurança da população, principalmente durante as pancadas de verão, tão comuns nesta época do ano. Por esse motivo, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) alerta sobre esse tipo de acidente e ressalta os cuidados com os aparelhos eletroeletrônicos durante as tempestades. Minas Gerais é um dos locais que mais registram a ocorrência de raios por ano. Atualmente, o estado tem média anual de 1,1 milhão de descargas atmosféricas. Além disso, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aconteceram 130 mortes em Minas entre 2000 e 2013, número menor apenas que o de São Paulo.

As características geográficas e meteorológicas de Minas Gerais justificam a grande incidência de descargas atmosféricas. As regiões do estado mais atingidas como Sul de Minas, Zona da Mata e Região Metropolitana de Belo Horizonte estão sob o efeito de fenômenos meteorológicos, como frentes frias e linhas de instabilidades – que provocam as “chuvaradas”, chuvas fortes de curta duração e que podem provocar alagamentos -, além de contarem com a contribuição do relevo e da posição geográfica que conforma o clima tropical. Destaca-se ainda o Oceano Atlântico como fornecedor de umidade para o Sul de Minas e Zona da Mata, proporcionando a formação mais frequente de nuvens de chuva.

Alguns procedimentos básicos devem ser adotados durante as tempestades. Segundo o especialista, todos os equipamentos elétricos devem ser retirados das tomadas, evitando riscos de queima ou à segurança das pessoas. Apesar de a rede elétrica possuir dispositivos de proteção contra sobretensões, durante as chuvas, o raio pode cair nos fios da rede elétrica, e, apesar de remota, existe a possibilidade de chegar às residências por meio da fiação, podendo atingir os aparelhos e até os moradores se estiverem em contato com eles. Outro ponto importante é que, durante períodos de rajadas de ventos e descargas atmosféricas, as antenas de TV podem se desregular. Se isso acontecer, ninguém deve subir nos telhados para ajustá-las, pelo risco de queda, de choque elétrico e de ser atingido por um raio.

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Além disso, se houver a necessidade de utilizar o telefone durante as tempestades, a melhor opção é o celular, desde que o aparelho não esteja plugado na tomada, ou o telefone sem fio. Porém, em ambos os casos, deve-se evitar a permanência em lajes altas ou locais descampados, independentemente de estar ou não com os aparelhos. Uma das ocorrências mais graves em redes de distribuição é o fio partido, que acontece na maioria das vezes em dias de eventos climáticos de grande vulto, como tempestades ou ventanias. “Caso alguém se depare com um cabo partido, é imprescindível que se mantenha distante do local, se possível, não permitindo que outras pessoas se aproximem, e ligue imediatamente para o Fale com a Cemig, no telefone 116, que funciona 24 horas por dia.”

O raio provoca queimaduras gravíssimas e pode provocar parada cardiorrespiratória, que pode levar a pessoa à morte. Por isso, é muito importante que, durante as tempestades, as pessoas busquem um abrigo seguro e desliguem os aparelhos eletrônicos para minimizar os riscos de acidentes, que muitas vezes podem ser fatais.

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