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Trânsito em Juiz de Fora

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O trânsito em Juiz de Fora está muito confuso. Na verdade, está piorando a cada dia, e as dificuldades se sobrepõem.
Quando nos anos 1970, início da década de 1980, concluíram as obras da Avenida Rio Branco, o objetivo era fazer o trânsito da segunda maior cidade do estado fluir com mais eficiência. Todo mundo sabia que, por estar entre montanhas, o Centro da cidade não tem como expandir. Na época, já se pensava em como seria o trânsito em um futuro bem distante. Não tão distante!

Muitas reformas e mudanças foram sendo feitas para melhorar o trânsito. Muitas foram feitas e pioraram o trânsito. A mudança da rodoviária para o bairro x, a construção do Acesso Norte, a proibição de se trafegar com ônibus e caminhões no Centro, os semáforos e os quebra-molas, as mudanças de mão e contramão no Centro, muito estudo, muita ação para chegar à loucura que é hoje, 40 anos depois da conclusão da reforma da principal avenida da cidade.
A Avenida Barão do Rio Branco, bem conhecida como Avenida Rio Branco, é um logradouro do município de Juiz de Fora, Brasil. Principal via de circulação da cidade, foi projetada em 1836 como alternativa ao Caminho Novo, sendo denominada Estrada do Paraibuna (ou Estrada Nova) e posteriormente Rua Principal e Rua Direita, até receber a nomenclatura atual. É considerada a terceira maior avenida em linha reta do Brasil após a Avenida Teotônio Segurado em Palmas e a Avenida Caxangá em Recife.

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A avenida é a principal rota da cidade e tem como apoio para o fluxo do trânsito àa avenidas Francisco Bernardino e Getúlio Vargas na parte baixa, a Avenida Olegário Maciel e a Rua Santo Antônio do outro lado. Hoje em dia, essas vias também não estão dando conta.

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Houve um projeto anos atrás de um político que queria fazer um viaduto ligando o Bairro Bom Pastor ao Bairro Manoel Honório do outro lado da avenida. Impossível, o projeto não foi aceito por muitas razões. Assim como ocorre em Belo Horizonte com a Avenida Afonso Pena, se se quer ir para um lado, tem que virar para o outro e cruzar a avenida, aqui de seis pistas.

Na reforma de 1980, os ônibus passaram a circular no centro da avenida, liberando as calçadas dos pontos de ônibus que vivem cheios. Na época dessa mudança, muitos atropelamentos foram registrados pela desatenção ou por imprudência dos pedestres. Quantos até hoje não pulam os canteiros centrais para “andar mais rápido” ou “cortar caminho”?

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O trânsito hoje está muito complicado. Talvez tenha mais carros circulando que o Centro possa comportar. Talvez os motoristas estejam mais imprudentes ou mais ousados. Não dá para esquecer a seta, que poucos usam para indicar a direção que irão tomar, ou outros sinais luminosos para indicar que vão parar, fazer vaga.

Os carros estão invadindo os sinais e bloqueando os cruzamentos. Os carros estão parando onde não devem e atrapalhando o trânsito. Fila dupla. Manobras arriscadas. Manobras ilegais…

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E o pedestre? Parece que nas ruas de Juiz de Fora tem dez vezes mais pessoas que há 20 anos. O pedestre se arrisca na frente dos carros. Pessoas idosas que estão com uma pressa absurda, não se sabe o porquê. E ainda tem quem atravessa fora da faixa, na diagonal, na frente dos carros, por trás dos carros… Só falta passar por cima dos carros.
Hoje, a cidade de Juiz de Fora não é mais a segunda maior cidade de Minas, mas o trânsito e os pedestres se comportam como se fosse a maior metrópole do mundo. Correria e confusão no trânsito do Centro. A grande vantagem do trânsito em Juiz de Fora é que ninguém usa a buzina para descarregar sua raiva de estar em um congestionamento. Acho que todos sabem que buzina não libera o tráfego dos carros.

Não sei qual será a solução para o trânsito de veículos em Juiz de Fora, mas alguma coisa deverá ser feita muito em breve.

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