O ano de 2023 se despede, deixando-nos com lições profundas, provenientes de conflitos globais e desafios locais. As guerras na Rússia-Ucrânia e Israel ecoam sombras do passado, evocando a Segunda Guerra Mundial. Mesmo com avanços tecnológicos e políticos, a humanidade se depara com crises que desafiam a lógica dos protocolos internacionais.
No Brasil, o ano foi marcado pela inquietude social, alimentada pela polarização entre esquerda e direita. As redes sociais, transformadas em palcos individuais, ressoam como uma orquestra sem maestro. É crucial aproveitar essas ferramentas modernas para promover o bem estar coletivo, entendendo que a busca pela felicidade é o denominador comum, independentemente do caminho escolhido.
Os poderes constituídos parecem distantes da sociedade, mergulhados em uma promiscuidade que beneficia poucos. A solução reside na força das instituições privadas, associações e coletivos que unem a sociedade em torno dos mesmos objetivos. A ACMinas destaca-se, com 122 anos de defesa empresarial, propondo um “grande pacto nacional” para reformar o Estado brasileiro.
A legitimidade das manifestações individuais é incontestável, mas conspirar contra as instituições deve ser evitado a todo custo. A democracia e a cidadania, valores fundamentais, não podem ser sacrificadas. Reconhecer as falhas dos poderes constituídos e dos cidadãos é essencial para construir uma sociedade mais justa.
A necessidade de reformas abrange a tributação, a política, a educação e a segurança. A reorganização do Estado é urgente para liberar a sociedade, evitando a anarquia. O respeito às instituições é a base para modificá-las, mantendo a ordem sem distribuir tacapes e bodoques.
O chamado é para todos participarem da grande tarefa de reconstruir o Brasil, revisitando valores, crenças e propósitos. Na esfera empresarial, a Lei de Liberdade Econômica deve ser efetivada, repensando a relação empregador-empregado para se alinhar ao modelo de home office.
O destino do Brasil é construído a cada instante. Assim, recebamos 2024 com esperança, navegando em direção a um futuro renovado. Com nossos valores, potencialidades e inteligência, olhemos para o horizonte como Pedro Álvares Cabral, exclamando: “terra à vista”.
Feliz 2024.
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