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Nação juiz-forana 4.0

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Ninguém nega o passado brilhante do município de Juiz de Fora. Porém, para chegarmos a ser uma nação, o caminho ainda é longo. Juiz de Fora 4.0 é uma utopia que nem eu mesmo vivenciarei, já estarei no além, mas utilizarei aqui a linguagem do esporte para iluminar um dos possíveis caminhos para o sucesso da região da Zona da Mata como próspera e feliz.

Lembremos do futebol e vejamos que os torcedores do Flamengo se autodenominam uma nação rubro-negra. Nação flamenguista é um grupo de pessoas que amam seu time, se identificam com o poderio futebolístico, adoram seus ídolos do passado e presente e investem sua energia para ver o time campeão. Nesse raciocínio, vemos que os moradores de nossa região não fazem o mesmo, não confiam na administração, não se empenham voluntariamente e nem sempre se orgulham de ser da nação juiz-forana.

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Todo técnico de esportes sabe que o nível do time é proporcional ao pior jogador do time. Isto é, precisam sempre estar atentos ao ponto franco, fortalecê-lo, para que o time não fique desequilibrado. O jogador mais fraco, na maioria das vezes, sabe que tem deficiências e procura corrigi-las, mas conta com a ajuda do time. Existe cumplicidade. O mesmo acontece na vida civil: a Zona da Mata somente alcançará o bem-estar social e progresso se todos os cidadãos tiverem a mesma chance de serem felizes onde vivem. Somente nessa perspectiva darão o seu melhor para contribuir para o desenvolvimento coletivo.

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As Olimpíadas e as quebras de recordes podem nos ensinar muito sobre como nos comportar. Se um atleta conquista um recorde e para de investir em treinamento, para de se aperfeiçoar e de se manter na melhor forma, em breve será superado. Uma nação juiz-forana que se vangloria de um passado histórico glamoroso e não incentiva as tecnologias atuais e futuras perderá a liderança rapidamente. Para sermos uma Zona da Mata 4.0 será necessário que o município-polo, no caso, Juiz de Fora, lidere e apoie todos os municípios vizinhos – como um time – para concorrer no disputado campeonato globalizado.

Outra estratégia típica do esporte é a análise dos pontos fortes, dos pontos francos, das oportunidades e das ameaças. A líder do time, atualmente a prefeita Margarida, precisará encontrar o potencial competitivo da região, colocar os pés no chão, continuar praticando muito os pontos positivos, descobrir as potencialidades da Zona da Mata, chamar todos os jogadores/municípios para se comprometerem com o plano de jogo e mitigar os pontos fracos da região.

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O sucesso da nação juiz-forana 4.0 somente será alcançado a partir da criação do espírito de pertencimento. Ou nos unimos e começamos a treinar e jogar para valer – no esporte e na vida – ou ficaremos olhando com saudade para um passado que jamais voltará.

Esse espaço é para a livre circulação de ideias e a Tribuna respeita a pluralidade de opiniões. Os artigos para essa seção serão recebidos por e-mail (leitores@tribunademinas.com.br) e devem ter, no máximo, 30 linhas (de 70 caracteres) com identificação do autor e telefone de contato. O envio da foto é facultativo e pode ser feito pelo mesmo endereço de e-mail.

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