Dentre as preocupações prioritárias do brasileiro se encontra uma básica, que paira na cabeça de todos como uma deusa imortal: ter um plano de saúde. Faz sentido essa preocupação. Mas ela deve ser precedida de outra mais importante ainda: ter saúde.
Num país em que a população envelhece, no ringue pela saúde, não podemos dispensar a saúde suplementar, mas ela não é panaceia, ou seja, remédio para todos os males. Embora a maioria das operadoras se esforce para oferecer bons serviços, e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) seja diligente para regulamentar a matéria, existem desdobramentos na vigência contratual que não podem ser descartados.
São alguns casos: a doença pode se tornar crônica, a operadora pode descredenciar certos hospitais, pode não haver atendimento das emergências, e o plano pode não querer cobrir todas as despesas e/ou todos os procedimentos. Esses exemplos tornam a matéria bastante complexa, fazendo com que só o Poder Judiciário possa dirimir certos conflitos.
Mas como ninguém contrata um plano de saúde para demandar com a operadora, a melhor solução continua sendo mesmo possuir um plano de saúde, acompanhado de um estilo de vida saudável, procurando viver de acordo com a condição de idade. Se idoso, ser comedido na alimentação e observar, regularmente, a rotina de exercícios físicos compatíveis com a idade.
Tudo isso se torna possível à medida que o cidadão não acredite em milagres e deixe de contratar uma operadora idônea, achando que uma matéria tão complexa possa ser resolvida com falsas promessas ou planos ilusórios e mirabolantes, sem se ater à necessidade de exercitar um modus vivendi de vida saudável.
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