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Achado não é roubado?

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No último dia 18, a Tribuna publicou em seu site uma reportagem intitulada: PRF detém 8 pessoas por saque de carga de cerveja na BR-040. Com relação ao acidente, sabemos que não foi o primeiro, nem será o último, pois as investigações de acidentes são feitas pela metade. O principal de uma investigação, que é sugerir medidas para que novos acidentes não aconteçam, é em parte ignorada, infelizmente, por nossas autoridades.

Bem, nosso foco não é este. Quero salientar algo que não está no princípio da referida reportagem, mas sim no fim. As declarações de um senhor que admitiu que havia separado dez caixas da bebida no acostamento e ligado para a filha ir buscar, já que estava de moto. Eu estava indo de Matias para Juiz de Fora. Como vi todo mundo pegando, quis pegar também. Mais de 30 pessoas já tinham ido embora quando a polícia chegou; algumas carregaram umas 20 caixas. Não sabia que podia ser preso por isso. Vejam que ele faz questão de justificar sua ação pela dos demais e deixa implícito que só pegou dez caixas enquanto os outros carregavam umas 20.

Fiquei pensando comigo! Que moral, ou falta de moral, é esta que norteia as pessoas e que as leva a pautar suas ações? Que moral é esta que permite tirar proveito na desgraça alheia? Que moral é esta que permite, a nós leitores, assistir a este espetáculo horrendo da horda saqueadora, dividindo seu butim? Isto me levou a outro questionamento: onde está a gênese desta moral, ou falta dela? Em nossas instituições? Certamente! As gatunices, os subterfúgios, a certeza da impunidade… Somente? Acredito que não. Estamos em um círculo vicioso em que a sociedade destrói a família, que destrói a sociedade. Não sei onde vamos parar, nem como parar! Só a título de ilustração: achado não é roubado, é verdade! Mas não devolver é crime (vide Artigo 169 do Código Penal – Decreto Lei 2.848/40).

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