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Aniversário do Teatro Solar e do Central

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Recentemente, acompanhei no jornal Tribuna de Minas matérias referentes ao aniversário de dois belos teatros de Juiz de Fora: Cine-Theatro Central (UFJF) e Teatro Solar (particular). Aliás, este último deveria se chamar Teatro Juracy Neves. Nas poucas e boas conversas que tive com seu proprietário, sempre brinco com ele sobre isso, bem como o chamo de nosso “Carnegie” de Juiz de Fora! Andrew Carnegie foi o milionário americano, filantropo, que mandou construir a famosa casa de espetáculos Carnegie Hall em Nova York.

As pessoas de Juiz de Fora não têm ideia do valor desse espaço, desse presente que ganharam. Não falo só pelo valor financeiro, o que já seria bastante louvável, diante de tantas despesas para sua construção e das incertas receitas que viriam após ter suas portas abertas, mas falo do presente imaterial! Imaginem o Teatro Solar como uma enorme caixa de presente. Uma caixa grande, bonita, embrulhada com um belo papel de presente, com fita e tudo… Você a abre, e de seu interior tantas coisas bonitas saem, tocando seu coração, sua mente… Fazendo você chorar, sorrir, gargalhar! Uma caixa mágica! Aliás, convém registrar que o Teatro Solar foi reinaugurado em 2003, após um período fechado, com duas peças minhas: adulta (“Tem assalto no motel”) e infantil (“Cinderela e seus mosqueteiros”).

Brinco que, “nos Teatro Solar, Theatro Central e Teatro Pró-Música, podem me vendar os olhos que saberei onde estou”! Carrego em minha memória o cheiro desses espaços. E sabem por quê? Porque fui um dos artistas que, por tantas vezes, teve o privilégio de transformá-los nessa maravilhosa caixa mágica! Dezenas de peças infantis e adultas… Dezenas de milhares de pessoas… de emoções! Nos últimos anos, tenho me dedicado apenas a uma peça, a comédia “Velório – pra morrer de rir”! Conquistou o Brasil e o mundo. O Teatro Solar foi um dos primeiros a dar vida a essa peça e foi onde aconteceram os primeiros aplausos de pé – aval maior de reconhecimento para o trabalho de um artista! O outro aniversariante, o belíssimo Central, que, aliás, por si só já é uma obra artística, também recebeu essa comédia… Um fenômeno de público! Provavelmente, uma das produções com maior público em um único dia, bem como no somatório das dezenas de apresentações…

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Apesar das dificuldades próprias da cultura, parabéns e longa vida aos aniversariantes: Cine-Theatro Central e Teatro Solar – este último, quem sabe, no futuro, Teatro Juracy Neves! E, por favor, ressuscitem o Teatro Pró-Música (que também poderia vir a se chamar Teatro Dona Isabel). E alimentem, para que não morra antes da hora, o Teatro Paschoal Carlos Magno ou Teatro Municipal de Juiz de Fora!

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