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Amor ao próximo

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“População se mobiliza por bebê”: essa é a reportagem de quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015, que diz: “Os 339 mil moradores de Franca, na região norte do Estado de São Paulo, estão se mobilizando para salvar a vida do bebê Davi Miguel Gama. A criança nasceu com uma síndrome que impede a absorção de alimentos e precisa de transplante para sobreviver.”

Diante de tanta violência acontecendo nos dias de hoje, esta solidariedade de uma população em prol de uma criança é algo que nos leva a pensar na mudança do ser humano. Somos imbuídos, já na fecundação, a ser competitivos e egocêntricos. No entanto, o homem começa a desenvolver o altruísmo numa atitude conjunta. A dificuldade de essa criança sobreviver, se alimentando por via venosa, lembrando do calibre pequeno das veias de um bebê, nos sensibiliza.

A perversidade é doença, e o amor ao próximo, saúde. Recordando as dificuldades enfrentadas no dia a dia do atendimento à saúde do SUS (Sistema Único de Saúde), deparamo-nos com uma atitude benevolente de uma população. Sabemos que a única maneira de vencermos esses intempéries é através do povo unido neste propósito. A indignação perante situações como esta já é o termômetro que a apatia e o “ouvido de mercador” estão dando lugar a uma consciência coletiva no sentido do bem.

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Nossa população não está tão doente como pensávamos. São situações nas quais temos a oportunidade de ficar no lugar do outro, mostrando nosso verdadeiro caráter.

A humanidade deve caminhar no sentido da evolução, da personalidade, cumprindo seu papel “de gente” na acepção da palavra. Nos sentimos consternados quando nos deparamos com situações burocráticas e também com relação ao dinheiro, para termos nossas necessidades atendidas, que, no caso, é a saúde, o nosso bem mais precioso.

A inocência de uma criança de poucos meses, sofrendo verdadeiras torturas para sobreviver, mobilizou uma população. Que este exemplo sirva para todos nós que acreditamos num mundo mais solidário e fraterno. Que possamos colocar em prática pelo menos um pedacinho do que aprendemos no que respeita a sentimentos novos, desde a infância em que fomos educados, buscando assim uma sociedade humana.

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