Hoje é dia 24 de dezembro, véspera da data máxima da cristandade. Época de reflexão para que tenhamos um 2025, que está logo ali, na semana que vem, de venturas. Tempos melhores que não se constroem apenas com promessas, com desejos espirituais.
Tempos melhores que são construídos com esforço, dedicação e seriedade de todos, independente de suas crenças e convicções.
Politicamente, estamos passando por um período turbulento e polarizado, o que não faz nenhum bem para o país. É hora da classe política e todos nós refletirmos sobre o futuro do Brasil. Uma reflexão real, enxergando a dura realidade do país que tem tudo para ser grande, mas que, por falta de engajamento político de nós, cidadãos comuns, permanece sendo o país do futuro, um futuro que nunca chega.
Pior, estamos assistindo a uma escalada em ritmo veloz de degradação da vida no país. A violência assusta a cada dia. A falta de compromisso de nossos políticos com os cidadãos impressiona.
A irresponsabilidade do eleitor em suas escolhas é de impressionar. E a alienação dos jovens nos pinta um quadro de piora na representação política, agravada com um radicalismo preocupante de grupos fundamentalistas que, até aqui, só tem feito crescer o número de oportunistas.
Mas é tempo de Natal, é tempo de confraternizarmos para o bem comum. E temos de irmanarmos e que os políticos pensem para que esta polarização não continue assim. O Brasil só tem a perder com ela.
Ninguém pensa, e deseja, uma nação de iguais. As diferenças de pensamento são naturais. O que precisamos é que as diferenças sejam respeitadas e que o país aprenda a debater, dialogar, para encontrar, nas diferenças, as convergências.
O avanço tecnológico na área de comunicação deveria impulsionar este diálogo, mas o que se vê é o aumento da difusão do ódio, a disseminação de inverdades que aumenta o radicalismo e dificulta o debate. Não só o Brasil, mas o mundo precisa de vencer esta divisão entre os homens para construir a paz. Estamos vivendo o clima do Natal que nos inspira o diálogo, a confraternização. Que a partir das comemorações do nascimento de Jesus o homem consiga enxergar o seu papel para a paz do mundo.
Um papel que se inicia no convívio com a família e se expande para todo o seu ciclo de convivência, lembrando sempre que somos capazes, sim, de melhorarmos o mundo. Para isto basta a tolerância e o diálogo.
Diálogo, não se esqueçam, que devemos construir com respeito ao pensamento alheio. Sem radicalismos.
Bom Natal!
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