É óbvia a constatação de que o progresso e o desenvolvimento de qualquer cidade trazem efeitos não esperados e, muitas vezes, inexoráveis. Os ônus decorrentes, portanto, do crescimento das cidades, o que se dá ao longo de sua história e observa as características peculiares de cada localidade, podem, muitas vezes, fazer com que alguns, o que deve ser respeitado, prefiram os tempos de outrora.
Lado outro, também sem nenhuma novidade, é fato pacífico que os municípios brasileiros suportam de forma concreta os efeitos da conjuntura econômica e das políticas públicas, tanto no âmbito federal quanto no estadual, que nem sempre se coadunam com as necessidades específicas de alguns, dada a vastidão do nosso Brasil e de sua patente distinção geográfica, cultural, de nível de desenvolvimento, etc.
Entretanto, vejo hoje nossa Juiz de Fora em um bom momento, ainda longe do ideal que almejamos, mas, certamente, que nos permite ter motivos para esperar um futuro próximo auspicioso. Continuamos a ser um centro indutor de desenvolvimento regional, com disponibilidade de fundamentais equipamentos logísticos, tais como o sistema rodoferroviário, o porto seco, aeroporto, gás natural, energia confiável, além da presença de capital humano diferenciado. Destaca-se nesta toada a verdadeira revolução operada na nossa universidade federal, que salta aos olhos de quem passa pelo seu campus.
Vivenciamos um cenário de grandes expectativas também no campo econômico, desde a viabilização de empreendimentos que retratam bem a pujança dessas oportunidades, como a viabilização de um grande shopping e o anúncio da construção de outro ainda maior, até a efetiva e tão esperada contrapartida de grandes empresas, como a MRS Logística e a Mercedes-Benz, passando pela nova lei de incentivo ao setor de tecnologia da informação, com a redução de alíquota apresentada pela Prefeitura.
Depois de anos, projetos estruturais finalmente saíram do papel e se transformaram em obras por toda a cidade, com destaque para o novo hospital regional, as intervenções viárias e a despoluição do Rio Paraibuna. Soma-se a isso o processo de recuperação do nosso Museu Mariano Procópio, cujas primeiras ações já se encontram em licitação. Por tudo isso, o brio do juiz-forano, que não se rende às vicissitudes da vida, aliado ao nosso amor incondicional por essa terra, nos impele para um novo momento, em que profundas modificações da sociedade brasileira, certamente, não quero nunca deixar de acreditar, nos permitirão dias cada vez melhores.