O Evangelho nos traz ao conhecimento a passagem de Jesus e seus discípulos junto à tempestade no mar do Tiberíades. Assustam-se os seguidores do Mestre ante as águas revoltas e o vento impiedoso. Temerosos, correm a pedir socorro ao seu Jesus querido que dormia tranquilo. Sereno, Ele apascenta o ambiente, mas questiona os seus discípulos: “Por que temais, homens de pouca fé?”.
Também nós somos surpreendidos pelas tempestades da vida, mas como deveríamos nos portar diante delas? O que ensina o nosso Mestre querido nessa passagem inolvidável?
A paciência e a serenidade devem ser nosso primeiro comportamento. Serenidade! Pois sabemos que jamais estamos desamparados mediante as grandes tormentas da vida! Nosso Pai é misericordioso e bom. Jamais nos abandona. E, justamente, nesses grandes desafios que a vida nos apresenta é que Ele mais nos enlaça com seu amor que transcende nossa compreensão. Não nos esqueçamos de que Ele é também misericordioso, nos proporcionando o resgate de nossas faltas na medida de nossas forças. Portanto, sejamos corajosos, pacientes, humildes e resilientes mediante esses processos reparadores e educativos. Lembremo-nos das leis que regem o universo, e entre elas está a lei de causa e efeito.
A fé raciocinada, paciente, corajosa e ativa no bem, por meio da caridade e da esperança, vai nos sustentando, promovendo a confiança em Deus e a certeza de Seus propósitos, de Seu auxílio e da convicção de que tudo passa!
A vigilância de nosso pensamento e as consequentes atitudes vão nos escudando com força e resistência ao mal. Promove, juntamente com a oração, ascensão de nossos espíritos às blandícias confortadoras da assistência do céu.
No dia a dia, é importante que nos acostumemos à comunhão com o Cristo, por meio da meditação, da oração, para que nos armazenemos de bagagem dos mundos superiores para os desafios comezinhos e aqueles nos quais testemunhamos nossa convicção junto ao nosso Pai.
Entendimento também está entre os quesitos para que vençamos essas intempéries. A compreensão de onde viemos, o que fazemos aqui e para onde vamos nos esclarece a alma, mostrando-nos que as leis que regem o Universo atuam em todos, independentemente de credo, cor, raça ou nacionalidade.
Por fim, lembremo-nos de amar com toda a nossa capacidade. De trabalhar no bem, apesar de todas as nossas limitações. De perdoar 70 vezes sete vezes cada ofensa que nos seja feita. E esperemos, cheios de confiança, por dias mais venturosos.