Um homem comanda uma estação de trem, e uma composição está fora de controle. Em seu caminho, há cinco crianças amarradas no trilho. Ele está diante de uma chave que pode modificar o percurso do trem, mas se o fizer, uma idosa que está atravessando os trilhos morrerá. Então ele pensa, é uma decisão cruel, mas se eu acionar a chave, salvarei a vida de cinco crianças em detrimento de uma idosa. No entanto, ao observar melhor, ele vê que a idosa em questão é sua mãe. E agora? Por fim, ele vê um homem obeso, ao lado do trilho. Se ele empurrar o homem nos trilhos, poderá salvar as crianças, sem matar sua mãe. Mas aí ele seria um assassino… O que fazer? Apesar de a situação parecer absurda, a filosofia usa esse exemplo para demonstrar o que é um dilema ético. Não há resposta “certa”, mas dependendo do que a pessoa decidir, é possível identificar o tipo de ética que guia suas decisões.
Moro no bairro Democrata. Nesta semana, fomos surpreendidos com o início da obra de instalação de uma segunda antena de celular a menos de 150 metros da já existente. Ninguém do bairro foi consultado ou comunicado. Não fizeram nenhum estudo sobre os riscos para as residências próximas. Nem sequer nos foi apresentado um parecer técnico indicando que não é possível compartilhar a antena já existente para a instalação do 5G. Atualmente, uma carreta ocupa meia pista da rua para dar suporte a um gerador da obra, que não tem placa do CREA e, aparentemente, está sem alvará da prefeitura.
Nós, moradores do Democrata, reconhecemos a importância do sinal de 5g para nossa cidade. Mas isso que está ocorrendo em nosso bairro é um absurdo. Estamos denunciando a todos os órgãos competentes, e nada é feito. Até agora nenhuma fiscalização, nada!
Talvez para alguns políticos, seja apenas mais um dilema ético. Mas para nós, moradores do Democrata, é a nossa vida, é a nossa casa. Em tese, estamos sendo penalizados, em prol de um benefício comum. Seremos recompensados por isso no IPTU? Claro que não!
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