“Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”, ensina Paulo de Tarso, trabalhador do Evangelho de Jesus. Essa inspiradora afirmação leva-nos a reflexões acerca da liberdade. Importante pensarmos cada qual em sua parcela de liberdade no que diz respeito à sua vida e no quanto influenciamos outras tantas vidas que nos observam.
Em busca de exercer a liberdade nos caminhos do mundo, os seres humanos apresentam-se, por vezes, como crianças espirituais, confusos nas decisões e distraídos no caminhar. Em outras vezes, colocam-se em defesa de sua liberdade e de seus direitos, esquecendo-se de que o próximo também os tem. Por certo, todos somos exímios juízes, enxergando o cisco no olho de nosso irmão, mas não a trave em nossos olhos, alertou-nos Jesus.
A afirmação de Paulo de Tarso nos chama a observar o outro lado: nem tudo nos convém. Somos igualmente chamados à responsabilidade de nossos julgamentos, atos e escolhas.
Para as leis transitórias do mundo, a responsabilização jurídica dispõe as normas de conduta a que o cidadão está sujeito com suas respectivas penalidades, alterando-se ao longo dos tempos. Para as Leis Divinas, que regem a vida eterna, a orientação é o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, essa é toda a lei e os profetas.
E Jesus veio trazer-nos a mensagem da compreensão das Leis Divinas e da edificação moral. É necessário que busquemos a integração com os ensinamentos do Mestre. O que não nos convém está em desacordo com a mensagem divina. Ainda não nos atentamos devidamente às possibilidades divinas guardadas em nossas mãos, convertendo-as, muitas vezes, em elementos de ruína e destruição.
À claridade dos ensinamentos do Cristo, ilumina-se o caminho. A quantos o procuraram, aflitos por consolação e cura, em busca do restabelecimento da saúde e do reequilíbrio das emoções, o Cristo curou, libertou, fortaleceu, lembrando: “vá e não voltes a errar, para que não lhe aconteça o pior”.
Jesus nos ensinou o caminho da verdadeira liberdade, quando disse “conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”. O que equivale dizer que seremos livres de nossos próprios erros e calamidades interiores na medida em que nos educarmos cristãmente.
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