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A(s) estrela(s) vermelha(s) de Alexandre Kalil

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“‘Colar’ em Lula pode virar o jogo e fazer Kalil ultrapassar Zema”: essa é a manchete de uma reportagem publicada no dia 6 de junho pelo portal “O Tempo”. Em pauta, os ganhos políticos-eleitorais que o pré-candidato ao Governo de Minas Gerais Alexandre Kalil (PSD) tem ao associar o próprio nome com o do ex-presidente e pré-candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A afirmação é sustentada por uma pesquisa feita pelo Instituto Datatempo e confirma o que outros levantamentos e informações, presentes nos bastidores da política mineira, já sinalizavam há certo tempo: se quer mesmo ser o próximo governador do Estado, o ex-mandatário do Clube Atlético Mineiro (CAM) precisa ter a imagem relacionada à do petista. Lula, inclusive, lidera, as pesquisas de intenção de voto em âmbito nacional para ocupar o Palácio do Planalto a partir de janeiro de 2023.

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Acadêmicos e profissionais de Comunicação Política sabem que as pesquisas de intenção de voto oferecem boas informações, mas retratam as percepções e as ideias do eleitorado naquele recorte temporal específico. O que fará a diferença vai ser como as equipes de campanha planejarão e trabalharão novas estratégias de comunicação eleitoral para consolidar ou transformar aquele cenário traçado pela pesquisa de opinião.

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No caso específico de Alexandre Kalil, pelo menos, parece que a equipe do pré-candidato ao Governo estadual entendeu o recado. De viagem por municípios do interior mineiro, onde – também segundo pesquisa – o ex-prefeito de Belo Horizonte não possui ainda tanta inserção, é comum vê-lo acompanhado, exclusivamente, por parlamentares do Partido dos Trabalhadores. Os deputados do PT estão se mostrando muito habilidosos na mobilização de apoiadores para marcarem presença em eventos com o pré-candidato ao Governo de Minas: são as “estrelas vermelhas” de Kalil.

A dobradinha de Kalil e Lula demorou semanas para ser efetivada, custando a pré-candidatura de Reginaldo Lopes para uma cadeira no Senado. O petista já havia indicado o interesse de pleitear um novo cargo eletivo, mas, no final, tentará se reeleger como deputado federal.

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Nessa “queda de braço”, a vaga para o cargo de senador ficou com um nome do PSD: Alexandre Silveira, que virou senador titular após Antonio Anastasia se tornar ministro do Tribunal de Contas da União, será o candidato do grupo. Vale destacar, no entanto, o desafio que o atual senador, e pré-candidato à reeleição, pode enfrentar nos próximos meses: há certo tempo, ele foi cotado para ser líder do Governo de Jair Bolsonaro no Senado Federal. Por isso, Alexandre Silveira terá que demonstrar, para a militância petista, que será, realmente, um “soldado” de Lula, como disse durante um evento político recente. Será que vai dar certo?

Aguardemos o passar dos dias…

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