Nas entrevistas de fim de ano, as lideranças políticas, especialmente do Executivo, tendem a traçar cenários otimistas para suas gestões. A presidente Dilma Rousseff, parodiando o ex-ministro inglês Winston Churchill, prometeu sangue, suor e lágrimas, mas foi enfática em apontar que as previsões pessimistas são mais coisa dos adversários do que dos próprios fatos. Há desafios, e não são poucos, mas o país, disse ela, está avançando. É do jogo, sobretudo em se tratando de um ano em que haverá renovação de mandatos em todas as instâncias, exceto nas prefeituras e câmaras municipais.
Em Juiz de Fora, o prefeito Bruno Siqueira também apontou as dificuldades encontradas e a execução de projetos de porte, sobretudo na mobilidade, a começar pela construção de pontes – a do Terreirão deve estar pronta em janeiro – e a passagem sobre a linha férrea. Trata-se de um desafio e tanto, e que teve importância capital no último pleito, quando a gestão anterior esbarrou numa promessa que não saiu do papel. Bruno, no entanto, tem outras apostas, mas conta a seu favor o próprio tempo. No dia 31, encerra apenas o primeiro ciclo de sua gestão.
Na edição de hoje, a Tribuna mostra as apostas para 2014, um ano que terá um calendário comprometido não apenas pelas eleições mas também pela Copa do Mundo. A maior competição do futebol mundial tem papel decisivo nas perspectivas, uma vez que induziu estados e União a investir em várias frentes para não fazer feio ante o olhar dos milhares de estrangeiros que aqui vão aportar para acompanhar os jogos.
Juiz de Fora, nesse aspecto, joga suas últimas fichas. Até então, nenhuma seleção apostou na cidade, o que, aliás, já ocorreu com Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Que fique a lição: é preciso ter visão de longo prazo para ações de grande e médio porte. Mesmo fora da lista, a cidade deve continuar investindo em tais frentes, pois outros eventos, como os Jogos Olímpicos no vizinho Rio de Janeiro, virão em 2016.