Por Luiz Sefair, Colaborador
O presidente Michel Temer até que ainda pode safar-se da encrenca em que está envolvido. Para tanto, urge que aja com rapidez e se dispa da vaidade que o exercício do cargo impõe a quem assume as rédeas do poder. Livrar-se, pois, da encrenca em que se meteu é plenamente possível! Neste caso, segundo penso, basta que Sua Excelência resolva surpreender a nação, propondo, urgentemente, uma reforma política de alto nível democrático para ser votada e aprovada ainda em tempo de poder valer para as eleições de 2018.
Neste caso, obviamente, Sua Excelência teria que propor, sem vacilar e sem “temer” represálias, o seguinte:
a) reintroduzir no sistema eleitoral o instituto da candidatura avulsa mediante regras democráticas específicas. Vale dizer: os eleitores e as eleitoras, em dia com suas obrigações e considerados cidadãos e cidadãs “ficha limpa” perante a Justiça – mesmo não sendo filiados a qualquer um dos 35 partidos políticos existentes e que integram a “sopa de letrinhas” que aí está a desmoralizar e envergonhar a vida política do país -, poderiam concorrer às eleições de 2018. Neste caso, os eleitos teriam que se inscrever em um dos partidos então existentes, até quinze dias após a data da respectiva diplomação;
b) proibir o sistema de reeleição para todos os cargos dos poderes Legislativo e Executivo, nos níveis municipal, estadual e federal;
c) ampliar o tempo de duração dos mandatos eletivos que passariam de quatro para seis anos, tanto para os cargos executivos quanto para os do Poder Legislativo nos níveis: municipal, estadual e federal;
d) disciplinar o tempo de propaganda eleitoral nas emissoras de rádio e televisão, democratizando o sistema de tal modo que todos os candidatos disponham de um mesmo tempo para expor suas ideias e propostas e possam concorrer, em igualdade de condições, uns com os outros, sem os truques orientados por marqueteiros.
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