A causa da população em situação de rua é um problema complexo que exige dedicação e esforço de todas as esferas da sociedade. Em 2022, a população em situação de rua passou de 281 mil pessoas em todo o Brasil. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), após a pandemia, o aumento foi de 38% em relação ao ano de 2019. Quando comparado ao percentual de crescimento da população brasileira, o aumento da população em situação de rua aponta dados alarmantes, chegando a 211%, enquanto o crescimento da população, segundo dados do IBGE, foi de apenas 11% no período de dez anos. Desse total, um pouco mais de 150 mil pessoas em situação de rua vivem na Região Sudeste.
Essa informação nos fornece uma reflexão muito importante de que hoje a grande maioria está em situação de rua pela falta de emprego. Olhando por essa perspectiva, o trabalho de muitas ONGs que atuam apoiando a reinserção dessa população no mercado de trabalho possui um papel fundamental, além do fato de humanizá-la e diminuir os estigmas sociais que essa parcela ainda possui.
Um mundo menos desigual passa pelas mãos de todos. Cada pessoa possui um papel relevante no cumprimento de seus deveres e obrigações para com a sociedade em geral. É o que chamamos de responsabilidade social.
Hoje, entendemos que os pequenos movimentos em conjunto se transformam em grandes ações. Pensando nisso, entender nossa responsabilidade social pode gerar impactos significativos na vida de muitas pessoas.
Essa responsabilidade social pode vir com diversas formas e formatos, seja atuando na linha de frente em ONGs ou projetos sociais, ajudando financeiramente ou até mesmo por trás das telas, como voluntários nas redes sociais. O que importa é fazermos o que se pode para minimizar a desigualdade social. Então, não deixe de buscar a vertente que mais lhe agrada e fazer o que está ao seu alcance. Toda ajuda importa!
É imprescindível que todos os atores da sociedade estejam envolvidos nesse movimento de transformação, desde os cidadãos, as pequenas, médias e grandes empresas, os projetos sociais, ONGs e os poderes públicos gerando políticas públicas para a diminuição das desigualdades.
Estando à frente do Instituto LAR, pude perceber a grandiosidade da população brasileira no ato de ajudar. Quando foi noticiado o frio intenso que sofreríamos no inverno, o volume de doações de cobertores aumentou, e a quantidade de pessoas entrando em contato para entender como ajudar também foi algo que chamou a atenção. O povo brasileiro sempre foi humanitário e temos visto isso em nosso dia a dia. Acredito que esse é o caminho para um mundo menos desigual e mais justo para todos.
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