Segundo a Organização dos Estados Americanos (OEA), o conceito de segurança pública passou a ser entendido a partir de uma perspectiva mais complexa do que em décadas passadas. As ameaças de segurança vão além da esfera militar tradicional para incluir os problemas que têm um impacto direto na vida das pessoas, como a violência das gangues, criminalidade, tráfico de drogas, armas ou seres humanos.
Praticamente todos os dias, a Tribuna publica notícias relacionadas aos mais diversos crimes na cidade. De quem é a culpa? Do prefeito ou do governador? Da Polícia Militar? Do cidadão? Da União? O certo é que o momento merece uma reflexão, porque o sistema de segurança pública se encontra fragilizado! A sociedade se vê desamparada e aprisionada dentro de casa e impedida de andar nas ruas após as 22h em muitos lugares para não sofrer um ato de violência ou até mesmo perder a vida.
Temos a Polícia Militar encarregada de desenvolver um policiamento mais ostensivo, e a Polícia Civil, de investigar e apurar atos infracionais, e depois o Judiciário, que quase sempre liberta, em questão de horas ou dias, quem cometeu o crime, porque nossas leis estão perdidas no tempo e no espaço.
A verdade é que a segurança pública é responsabilidade de todos, e, infelizmente, cada um possui sua parcela de culpa diante da escalada da violência. Faltam mão de obra, carros e equipamentos de trabalho para nossas polícias. O 190, muitas vezes, se torna um calvário até que alguém atenda e consiga enviar uma viatura para socorrer o cidadão de bem. Temos nossos gestores, que, muitas vezes, por inexperiência, incapacidade ou por falta de apoio, não conseguem gerir com primor a pasta da segurança pública. E, por fim, entra em cena o próprio cidadão, que, indiretamente, atua como pólvora para deflagrar boa parte desta violência: o que consome drogas ilícitas e que dá vida para os traficantes e sua rede de aliados.
A violência está ao nosso lado em qualquer lugar ou hora de nossa cidade, e este fato a seguir serve como alerta para todos. Em um dia de outubro, meu filho andava a pé no Bairro São Mateus, às 23h, quando, distante alguns metros da Churrasqueira, se deparou com um jovem de idade aproximada de 18 anos segurando um revólver bem próximo da cintura, e ninguém notou. Curiosamente, ele se sentou no banco da Praça Jarbas de Lery Santos e, muito assustado, olhava para os lados. Nisso, meu filho embarcou no ônibus, também bastante assustado com o fato de as pessoas sequer notarem o perigo que corriam e que ele também correu, a poucos metros da cabine da Polícia Militar. Até quando isso vai continuar?
Com a palavra, nosso prefeito, o comandante da Polícia Militar e o delegado regional da Polícia Civil de Juiz de Fora, porque a sociedade clama por mais eficiência na segurança pública!