Quando chega dezembro, a maioria das pessoas fica agitada com os compromissos profissionais. Nos últimos 31 dias do ano, a vida fica mais frenética. Os 11 meses anteriores não foram suficientes para realização dos projetos, muitos querem solucionar tudo na reta final e sempre repetem as mesmas atitudes.
Quando alguém não está satisfeito com o trabalho, ouvimos as seguintes declarações: “Não aguentamos mais esse emprego. Em 2019, vamos arrumar outro. Nosso salário é péssimo, mas vai melhorar no ano que vem”. Na expectativa de receber a gratificação natalina, os trabalhadores afirmam: “O meu 13º será parcelado, o meu 13º será pago integralmente, o meu 13º é para pagar contas, o meu 13º é para viajar”. Já alguns colaboradores deixam tudo para a última hora: “Não fizemos o relatório, temos que entregar antes de terminar o ano”.
Estudantes indisciplinados não levaram a sério o ano letivo de 2018. No mês de dezembro, eles têm a seguinte fala: “Não estudamos nada nos bimestres anteriores, mas agora vamos estudar muito para recuperação e provão”. Uma parte considerável dos pais dos alunos ruins é mais insana que os próprios filhos, e muitos dizem: “Diretora, o professor perseguiu o meu filho durante o ano. O professor pensa que meu filho é anormal. É absurdo meu filho ficar de provão. O professor vai repetir as atividades, eu não aceito que meu filho seja reprovado”.
A burocracia e a tecnocracia das instituições públicas (estaduais e municipais) de educação básica recomendam: “Atenção, professores: o conselho de classe da EJA (Educação de Jovens de Adultos) será realizado no dia 11 de dezembro e do ensino regular será realizado no dia 12 de dezembro. Nesta última semana, não há alunos na escola. Vocês têm que cumprir horário até o dia 22 de dezembro. Solicitamos que os planejamentos escolares do ano de 2019 sejam entregues por e-mail e impresso. Não se esqueçam de utilizar as habilidades previstas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Solicitamos também que vocês entreguem as avaliações diagnósticas até o dia 20 de dezembro”.
As mesmas atitudes repetitivas, as rotinas desgastantes e as tarefas enfadonhas de muitas pessoas e dos variados setores (comércio, banco, repartição pública, indústria, sindicato, cartório, etc.) nunca mudam… Como dizia o gênio do século XX, Albert Einstein, “insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.