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20 de novembro

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O dia 20 de novembro de 2024 se estabelece como o primeiro a celebrar, em todo território nacional, a Lei que consagra o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra enquanto feriado. Apesar da novidade positiva, devemos questionar a demora de uma iniciativa como essa, visto que estados como Rio de Janeiro e Mato Grosso possuem leis semelhantes desde 2002.

Nos aspectos educacionais, os esforços pedagógicos em ações afirmativas encontram base nas Leis 10.639/03 e 11.645/08, cujos teores tornam obrigatórios o estudo da história e cultura indígena, afro-brasileira e do continente africano, em todas as modalidades das redes de ensino. Entretanto, quase 20 anos depois, mais de 70% dos municípios ainda não cumprem estes requisitos, de acordo com o Instituto Alana e Instituto da Mulher Negra – Geledés.

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Os dados mostram que, mesmo diante de um discurso reparador, ainda há um grande caminho a ser percorrido tanto nas esferas públicas quanto privada. Não há, por exemplo, como abordar a história brasileira sem passar pela África. Somos um povo que tem suas raízes no continente africano, detalhe que nunca pode ser esquecido ou ignorado, especialmente no ambiente educacional.

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Outro fator relevante nesta luta é o reconhecimento dos esforços realizados pelos países africanos, por seus acelerados processos de desenvolvimento urbano, social e econômico. Felizmente, vemos um aumento nas suas respectivas representações no Brasil, através de embaixada e consulados, na ampliação de interações empresariais e comerciais, no intercâmbio universitário e no turismo.

Os avanços para a superação de proposições racistas e preconceituosas, historicamente arraigadas na nossa sociedade, vem alçando patamares institucionais consideráveis. Há, portanto, que se aplaudir o dia 20 de novembro como um marco na construção de um país que tenha em seus princípios o fortalecimento da democracia, a liberdade, a igualdade de oportunidades e a valorização da cidadania.

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