É muito comum dizer que confia em Deus, ou que as palavras contidas nos Evangelhos são caminhos para a segurança e o conforto, que o poder do Cristo rege as nossas vidas. No entanto, quando o dia não amanhece com o clima ou a temperatura de nosso agrado, se, ao avançar das horas, nossos caprichos diários não são atendidos, se a vida nos exige algum sacrifício possível de ser concluído, explodimos em rebeldia contumaz, demonstrando total carência de cooperação, transbordando em palavras de incompreensão, sobrando em desagrado e censura.
A impaciência, filha do orgulho, é a fonte de muitos males que de tão repetidos e sucessivamente cultivados tornaram-se fonte dos rotineiros desentendimentos domésticos, sociais, reproduzidos no radicalismo extremista, fonte de todas e tantas guerras mundo afora.
O impaciente, de maneira instintiva, repele qualquer sopro de fraternidade, recusa a aproximação daqueles que julga diferente. Assim, impossibilitando o nascimento da compreensão, da amizade, impedindo o equilíbrio emocional, pisoteando na fraternidade, berço do amor Cristão.
Nessa sociedade, que tanto fala de meio ambiente, onde vive a humanidade, recordemos as leis da Natureza, leis de fonte divina em seus fundamentos, nos ensinando o respeito e o equilíbrio, como forma única de conservar-se em constante ação construtiva. Portanto, se desequilibramos, afrontamos as leis da natureza; o meio ambiente, onde vivemos, por consequência, torna-se inadequado ou mesmo hostil.
Toda a cultura cristã assenta-se no equilíbrio pessoal. Paulo, o Apóstolo, nos ensina que as palavras e os exemplos do Cristo, contidos na Boa Nova, devem irradiar-se de nossa alma, conduzindo pensamentos e ações. Pois se há Cristianismo em nossa consciência, o cultivo da fraternidade e da compreensão tem força de lei em nossos destinos.
O que naturalmente nos leva a entender que os conflitos de convivência exigem de nós esforço redobrado para sua a extinção da dificuldade. Aquele que nos contesta, de maneira contumaz, não necessita de nossa igual oposição, visto que, aprendendo sobre as leis naturais, devemos nos esforçar mais e mais, na melhoria das emoções, para que amanhã venhamos a colher os resultados gratificantes.
Progredir é saber estender os braços ao nosso próximo, aquele que está em redor, quem nos cerca; para esses, devemos o nosso esforço, a dedicação de servir, e eles assim como nós, quando servidos por alguém, terão a oportunidade de responder com as melhores emoções.
Acatando as leis de Deus, gravadas em nossos Espíritos nas palavras de Jesus, construímos a paz na Terra aos homens de boa vontade.