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À luz da crise, um apelo por luz

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No epicentro da onda de calor, Juiz de Fora luta contra uma escassez dupla: energia e água. Os desafios impostos por interrupções constantes no fornecimento de eletricidade têm mergulhado a cidade na escuridão, impactando não apenas o conforto, mas também a segurança e a saúde da população, além dos serviços públicos essenciais.

Contrariando interpretações superficiais, a deficiência no abastecimento elétrico não está atrelada à falta de previsão do governo municipal ou à insuficiência dos reservatórios. O problema reside na interrupção energética na represa de Chapéu D’Uvas e na Estação de Tratamento de Água Marechal Castelo Branco.

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Enquanto a população suporta essa situação, é crucial reconhecer que problemas complexos demandam soluções ágeis e articuladas, e não manobras políticas descontextualizadas. Têm surgido tentativas de vincular esta adversidade à eficiência da gestão local, um equívoco injusto que desvia o foco das verdadeiras causas e soluções, que devem ser respondidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica em relação à atuação da Cemig.

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É um imperativo ético e humano garantir o retorno da estabilidade do abastecimento de energia e de água para Juiz de Fora. E é imprescindível que impeçamos a Cemig seja privatizada e transformada em uma empresa sem órgão controlador, como planeja o governador Romeu Zema. Vimos o fiasco da privatização da energia elétrica resultar em um apagão de dias em São Paulo, sacrificando toda a população. Não podemos deixar que isso se repita em Minas Gerais.

Que esta adversidade seja o catalisador para ações decisivas e não um terreno para jogos políticos. Nossa população merece respeito, soluções e respostas rápidas.

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