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Onde há fumaça há fogo!

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A ninguém, em sã consciência e com saúde mental equilibrada, é lícito duvidar da veracidade de grande parte do que tem sido denunciado e relatado no bojo das investigações relativas à Petrobras. Às concernentes à lenta operação “Lava jato”, então, nem se fala! Logo, pode até ser que haja um pouco de exagero por parte dos que fazem delação premiada. No fundo, porém, uma coisa é certa: a corrupção existiu, muitos se enriqueceram ilicitamente, e, em que pese a promessa de que o dinheiro relativo às propinas vai ser devolvido aos cofres da empresa, isso não significa que sejam santos ou inocentes os autores e/ou coautores das falcatruas que tanto nos violentam, enojam e entristecem.

Mas o que espanta – e salta aos olhos de todos nós – é que os que já prestaram e/ou estão prestando depoimentos falam em 250 milhões de dólares com a mesma impostação de voz com que a grande maioria da população fala em R$ 50 e alguns centavos! Mas, a bem da verdade, a quase totalidade desses brasileiros de péssimo e debilitado caráter entrou para a empresa pela porta dos fundos. Vale dizer: por conta de indicações político-partidárias! A partir daí, foram nomeados para os diversos cargos do primeiro, segundo e terceiro escalações da maior e mais importante empresa brasileira.

Aos poucos, se tornaram seus advogados de defesa junto aos poderosos cofres das empreiteiras com os quais passaram a se relacionar intimamente. Ora, a Petrobras, apesar de todos os pesares, continua e precisa continuar sendo motivo de orgulho para todos nós brasileiros.

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Tivéssemos uma Constituição Federal verdadeiramente cidadã – conforme a definia o dr. Ulisses! -, e estaria prevalecendo em todos os órgãos do Governo – e não só na Petrobras! – a meritocracia, e não o peso político e/ou o QI de cada um dos que patrocinam indicações de seus apadrinhados para os cargos de primeiro e segundo escalões desta e de quaisquer outras empresas estatais de grande porte.

Nossa sorte é que o Brasil é muito maior do que a cratera em que querem enterrá-lo. Mas, diante de todos esses malfeitos, o que fica é a constatação de que, para evitarmos, ainda que parcialmente, a prática desonesta no seio da administração pública – nos níveis municipal, estadual e federal -, urge que se faça uma reforma política ampla, mas de conteúdo patriótico e não personalista. Só assim, haveremos de evitar que o Brasil continue elegendo pessoas de mau caráter, de índole bandida e sucumba. Logo, sem uma reforma ampla, de conteúdo patriótico e não personalista, a vaca vai para o brejo, e todos nós, desgraçadamente, vamos juntos!

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