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Dia Mundial dos Pobres Equipe “Igreja em Marcha”

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“Nos Evangelhos, é possível encontrar inúmeras manifestações de Jesus com olhar compassivo e de misericórdia para com os pobres, os desprezados e os esquecidos da sociedade e, por que também não dizer, ignorados pela própria Igreja”

“Este pobre homem grita e o Senhor escuta” é o tema do II Dia Mundial dos Pobres, que será celebrado neste domingo, 18 de novembro. Para o bispo de Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Severino Clasen, “a sensibilidade humana passa pela prática da caridade. O amor fraterno é a ação transformadora na sociedade que erradica a miséria e recupera a dignidade de todo ser humano como criatura e filho de Deus”.

A natureza da Igreja, na sua essência, evidencia um olhar para os pobres. A Igreja nasceu pobre. Jesus Cristo veio ao mundo tão pobre que nem casa para nascer tinha e morreu crucificado, pobre e despojado. “Estão especialmente unidos a Cristo sofredor pela salvação do mundo os que são oprimidos pela pobreza, pela enfermidade, pela doença e por várias atribulações, ou que sofrem perseguição por causa da justiça, que o Senhor no Evangelho declarou bem-aventurados e que ‘o Deus de toda a graça, que vos chama para a sua glória eterna, no Cristo Jesus, vos restabelecerá e vos tornará firmes, fortes e seguros'”, destaca (LG 340).

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Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostram que, em 2015, o país tinha 101.854 pessoas em situação de rua. Com a crise do país, é possível que o número de pessoas em situação de rua já seja bem maior. Dom Severino lembra que a opção pelos pobres faz a Igreja voltar o seu olhar para os filhos e filhas prediletos de Deus, e é esse olhar do próprio Jesus, presente no olhar dos mais pobres, que faz a Igreja voltar-se para o pobre e, ao mesmo tempo, para Jesus, dele aprendendo, com ele evangelizando e participando da construção do Reino de Deus.

Neste domingo, 18, o Papa Francisco vai celebrar a data presidindo a Santa Missa na Basílica de São Pedro e, em seguida, vai almoçar com cerca de três mil pobres, na Sala Paulo VI, no Vaticano. O primeiro almoço foi realizado no ano passado. O Pontífice tem provocado em toda a Igreja maior sensibilidade humana e acolhimento aos pobres, eis o motivo porque sugeriu o dia mundial do pobre.

Nos Evangelhos, é possível encontrar inúmeras manifestações de Jesus com olhar compassivo e de misericórdia para com os pobres, os desprezados e os esquecidos da sociedade e, por que também não dizer, ignorados pela própria Igreja. “O amor fraterno é a ação transformadora na sociedade que erradica a miséria e recupera a dignidade de todo ser humano como criatura e filho de Deus”, diz o bispo.

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Dom Severino ressalta que o olhar da Igreja para os pobres vai além do cuidado para com a pessoa humana. “Somos seres em relação com a natureza. Proteger a mãe natureza é valorizar a obra criada por Deus e dar o cuidado e o acolhimento necessários para que a harmonia e a saúde existencial perpetuem entre nós criaturas humanas”, afirma.

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