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O maior evento esportivo em meio à crise

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O mundo volta os olhares para o Brasil. Em meio a um turbilhão de fatos políticos desfavoráveis, o país tenta mostrar que é capaz de sediar a competição esportiva mais importante do planeta. Vencer a concorrência entre as cidades candidatas à sede dos jogos – Madri, Tóquio e Chicago – foi só o primeiro passo para uma nação refém de vários problemas sociais, econômicos e, principalmente, de infraestrutura.

Organizar a primeira Olimpíada da América do Sul seria algo fácil na cabeça dos governantes quando o país venceu a concorrência para sediar os jogos – o país atravessava um momento econômico favorável. Situação bem diferente da que vivemos hoje, na qual a economia em recessão patina em relação a outras economias emergentes. Já o estado onde os jogos estão sendo realizados encontra-se em situação de calamidade pública decretada pelo atual governador em exercício, Francisco Dornelles.

O Rio de Janeiro tenta se manter de pé para receber o mundo com o mínimo de organização e, para isso, foi, ao longo dos anos, preparando-se para mostrar ao mundo que o Brasil não é só futebol, carnaval e mulher bonita. Porém, manter-se de pé diante dos problemas graves de segurança pública, saúde e saneamento básico vai de encontro aos R$ 40 bilhões gastos na organização do evento. Matemática difícil de entrar na cabeça dos brasileiros.

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Mostrar que é capaz de sediar uma Olimpíada é o mínimo que os nossos governantes devem fazer. Agora, mostrar para o mundo que o Brasil é capaz de dar ao seu povo e aos turistas que pretendem visitar o país o conforto necessário para viver o legado que os jogos podem trazer é algo mais complicado para nossos governantes que insistem em ficar só na promessa. Ou seja: insistem em querer fazer do país uma terra de ninguém. Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, a cidade desfrutará do legado que os jogos vão proporcionar, mas isso veremos em um futuro próximo.

Os jogos, independentemente da situação que o país vive, estão sendo realizados. Se a Olimpíada será um sucesso, no decorrer do evento, iremos saber; se deixará um legado importante, o tempo dirá. Sabemos que o país já entra perdendo no quadro de medalhas; mas não no futebol, no vôlei, na natação, etc., e, sim, nas promessas feitas e não cumpridas. Que os jogos sejam lembrados como um momento de união entre as nações, e não como o mais poluído, o mais violento e o mais desorganizado.

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