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Eleições gerais, mas com novas regras!

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O que me conforta é saber que, com o pedido de prisão do mentor intelectual de sucessivos desgovernos – a começar pelo próprio! -, acabarão por conseguir colocar o país nos trilhos da ordem moral e ética para o que, necessariamente, mais do que novas eleições, torna-se imprescindível a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte Exclusiva, isto é: livre, soberana e, portanto, de cunho autenticamente nacionalista. Todavia, paralelamente a isso, antes, o Congresso Nacional que aí está – apesar de espúrio -, porquanto, venal e apátrida, precisaria aprovar, em regime de urgência urgentíssima, uma minirreforma da Legislação Eleitoral, reintroduzindo entre nós, ainda que em caráter emergencial e casuístico, o sistema democrático e republicano de candidatura avulsa sem o que, por conta da ditadura partidária dos dias atuais – e que vigora há décadas – , não conseguiremos melhorar o nível da qualidade moral e ética do sistema político brasileiro. Temos que nos convencer, no entanto, de que, para conseguirmos avançar nesta direção, o povo, em uníssono, tem que sair da toca e invadir as ruas do país, tal como o fizera em 1984 quando da memorável campanha das eleições diretas, que, graças às manobras apátridas do então senador José Sarney – na condição de presidente nacional do PDS, partido que dava sustentação política aos governos militares! -, não logrou votação satisfatória, e isso nos levou a aceitar a proposta do então governador Franco Montoro de participarmos – pela última vez! – do colégio eleitoral, que era, até aquele momento, amplamente favorável à eleição do deputado Paulo Maluf. Sou partícipe dessa história e posso afirmar que o erro não foi o fato de termos participado do processo de eleição indireta do presidente, mas a doença seguida de morte do presidente eleito Tancredo Neves. Sim! Para implodirmos o colégio eleitoral – conforme o fizemos! -, seria necessário contar com a traição do senador José Sarney ao Governo do presidente João Figueiredo e aos seus companheiros do PDS ,o que foi feito graças à astúcia do doutor Tancredo, que convidou Sarney para deixar o PDS, filiar-se ao PMDB e, em compensação, tornar-se candidato a vice-presidente, o que, de imediato, foi aceito por Sarney. Mas o erro grave – que ninguém aqui na terra poderia evitar que ocorresse – foi o fato de o dr. Tancredo não nos ter podido avisar que, em sendo eleito, não chegaria a tomar posse. Até porque somente Deus poderia fazê-lo! Resumo: a camisa do Brasil foi abotoada de forma errada desde o primeiro botão. Urge desabotoá-la e abotoá-la novamente, mas de forma correta! Sem isso, nada feito!

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