Uma civilização em constante evolução é o que mais almejamos enquanto seres humanos. Há muito se fala do tamanho da distância entre o que almejamos enquanto sociedade evoluída socialmente e o que, de fato, vivenciamos no dia a dia. No meu observar do cotidiano, sinto que estamos começando a vislumbrar um maior entendimento do real propósito de nossas vidas e o propósito coletivo pelo qual Deus nos criou: viver em harmonia com tudo e todos.
A humanidade, explicam os Escritos bahá’ís, passou pelo estágio da infância e agora se encontra no limiar de sua maturidade coletiva. As mudanças revolucionárias e profundas que ocorrem atualmente são características desse período de transição – tempo que pode ser comparado à adolescência. Nesse período, pensamentos, atitudes e hábitos de estágios anteriores de desenvolvimento da humanidade estão sendo descartados, e novos padrões de pensamento e ação estão criando raízes gradualmente.
‘Abdu’l-Bahá explica: “Aquilo que era aplicável às necessidades humanas durante os primórdios da história de sua espécie não poderiam se adequar nem satisfazer as necessidades do período atual de inovação e realização.” E continua: “O homem deve agora se imbuir de novas virtudes e poderes, nova moralidade e novas capacidades… As dádivas e graças do período da juventude, embora apropriadas e suficientes durante a adolescência do gênero humano, são agora incapazes de se adequar aos requisitos de sua maturidade.”
O marco dessa iminente era de maturidade é a unificação da raça humana. O nascimento de uma civilização global, próspera tanto na dimensão material quanto na espiritual, implica em os aspectos espiritual e prático da vida avançarem juntos. Por meio da fé e da razão torna-se possível descobrir os poderes e capacidades latentes em indivíduos e na humanidade como um todo, e trabalhar em prol da realização dessas potencialidades.