O Fórum Econômico Mundial (WEF) divulgou recentemente um relatório que afirma que o mundo vive uma revolução impulsionada pelas Inteligências Artificiais em como novos conhecimentos são descobertos e utilizados. A inteligência artificial (IA) utilizada para auxiliar descobertas científicas é uma das dez principais tecnologias emergentes de 2024. Sim, para este ano, o que serve de alerta para políticos e empresários.
Graças aos avanços na área, os cientistas, hoje, são capazes de fazer descobertas que antes seriam quase impossíveis, e a taxa de descoberta científica está acelerando. O relatório lista IA generativa e outros modelos para minerar literatura científica, criar novas hipóteses, e usar “deep learning” (aprendizado profundo) para fazer descobertas, entre outras novas técnicas. Por exemplo, avanços feitos em biologia e química poderão ganhar outras técnicas nas intersecções dessas disciplinas. O mesmo ocorre para outras disciplinas.
Outra área é a da própria IA, como as redes neurais que poderão ganhar com arquiteturas não pensadas por humanos, explorando situações nunca pensadas. Muitas descobertas ou avanços são feitos por pessoas fora da área, pois não estão presos à “caixa”.
A utilização de IA em modelos 3D de estruturas químicas promete desde a descoberta de novos antibióticos até materiais para baterias mais eficientes. Modelos de linguagem para minerar a literatura científica, trabalhando com chatbots de IA para “brainstorm” de novas hipóteses, estão criando modelos de IA capazes de analisar vastas quantidades de dados científicos e usando “deep learning” para fazer descobertas. A IA e a robótica estão sendo integradas aos laboratório visando acelerar a pesquisa de maneiras inovadoras.
Como resultado, essa IA que está sendo usada na pesquisa científica promoverá avanços em muitas áreas, como diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças, novos materiais que possibilitam tecnologias verdes de próxima geração. E ainda avanços nas ciências da vida que ampliam a compreensão atual da biologia.
As grandes economias acreditam nisso e financiam negócios: EUA, US$ 74 bilhões; China, 19 bi, Índia, 5,8 bi; Reino Unido, 5,2 bi e Alemanha, 2,5 bi. Já o financiamento científico: EUA, 3,6 bi; Canadá, 58 milhões, Japão, 33 mi; RU, 0,5 e Noruega, 0,1.
Uma aplicação interessante é usar a IA para criar moléculas com as propriedades desejadas, como faz a Insilico Medicine. Nos últimos dois anos, a IA da empresa projetou 18 medicamentos candidatos ao pré-clínico (um medicamento a um passo antes de ir para ensaios clínicos em humanos). Normalmente, isso leva de quatro a cinco anos e custa dez vezes mais que custou.
A projeção é economizar custos e tempo e aumento de sucesso e ainda permitir entrar em áreas que não eram economicamente viáveis. E isso tornará os medicamentos mais baratos e mais acessíveis para todos.
E o Brasil? Well, os patriotas estão debatendo no Congresso quem seja comunista e quem seja fascista, afinal, existe algo mais patriótico que isso? Ou priorizamos ou ficaremos à margem.
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