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Rotina: conforto ou risco?

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A rotina faz parte da inserção social do ser humano. Desde muito tenro, no primeiro ano de vida, se projeta construir uma rotina para adequação do bebê em meio ao mundo em que vive, buscando a adaptação ao momento de ficar acordado e ao momento de descansar.
Com a introdução da vida escolar, a rotina é fundamental na compreensão da passagem do tempo para a criança, afinal, é por ela que os pequenos se guiam. Através da rotina, buscam perceber em qual momento do dia estão e constroem formas de controlar a ansiedade, conhecendo as atividades que irão realizar no passar das horas.

Com o avançar dos anos, vivemos a juventude, a fase adulta e a velhice, convivendo e nos adaptando ao processo natural do envelhecimento. Contudo a rotina nos acompanha e se (re)modela, seja ela por vontade pessoal, seja por circunstâncias da vida. O fato é que viver uma rotina nos traz uma sensação de conforto, de segurança em saber que tudo vai ser igual.

Muitas vezes não paramos para observar o quão isso pode ser prejudicial para a saúde do nosso cérebro. Ao fazermos as ações de maneira rotineira, nosso cérebro começa a não mais prestar atenção naquilo que estamos fazendo, ligando seu modo “automático”. Assim, realizamos ações sem prestar a devida atenção a elas. Quem nunca se perguntou: “Será que desliguei o fogo?”; “Tranquei a casa?”; “Fechei a janela?”. Na maioria das vezes, voltamos e notamos que havíamos realizado essas ações, no entanto, o fizemos de maneira automática, sem prestar a atenção. Esse é um dos sinais de que viver excessivamente uma rotina é prejudicial à nossa saúde mental. Nosso cérebro precisa ser estimulado para que esquecimentos não se tornem frequentes. Esquecer as coisas não é normal, precisamos discutir sobre o tema. Se a nossa mente não vai bem, nosso corpo e nossa vida também não vão.

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Já é consenso que atividade física é muito importante para a saúde, e é mesmo! Contudo atividades de estímulos cognitivos e mudanças de hábitos simples também são de vital importância para a saúde mental. Sabemos o quanto as doenças degenerativas têm crescido e causado demência, principalmente na população idosa, que é a faixa etária em que, muitas das vezes, essas consequências vêm à tona. A prevenção através de estímulos simples, como escovar os dentes com a mão não dominante ou mesmo trocar o pulso utilizado para o relógio, já é um pequeno passo para que se possa envelhecer melhor.

Precisamos sair do “automático” e mudar hábitos para envelhecer com qualidade de vida. Coloque-se à disposição de novos desafios, saia da zona de conforto. O que vamos alterar na rotina hoje? Fica o convite.

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