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Manifestações

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As manifestações de rua sempre foram uma maneira de o povo mostrar as suas insatisfações aos governantes. Dentre outras, lembro-me das Diretas Já e do impeachment do ex-presidente Collor, que aconteceram ao longo das décadas passadas. Nos dias de hoje, ainda acontecem muitas, porém não inflamadas como antigamente, e, à medida que o tempo passa, percebo que os movimentos estão perdendo força.

Isso se dá devido ao advento da internet. Estão preferindo as redes sociais para mostrar suas indignações, e o uso de aparelhos eletrônicos deixa os usuários em uma zona de conforto de modo que não precisem ir para as ruas.
É sabido que com essas ferramentas se consegue chegar aos governantes, ora compartilhando, dando ideias, fazendo críticas e mostrando descontentamentos. Mas políticos, como são muito habilidosos, conseguem em seu favor reverter tudo isso pelas próprias redes sociais. Ao contrário dessa época, antigamente, essas questões eram tratadas individualmente quando o político visitava suas bases.

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Como disse, ainda existem muitos tipos de manifestações, mas podemos observar que a esquerda é que tem disposição de ir para as ruas. Mesmo com números bem reduzidos de militantes, eles se unem, fazem passeatas, apitaço, usam camisas, bandeiras e deixam tudo o que têm para fazer na busca de seus objetivos. Não quer dizer que não utilizam as redes sociais, só que isso é usado como ferramenta para aproximar e dar direção aos movimentos.
Enquanto isso, o outro lado prefere se manifestar via redes sociais, pois é mais cômodo ficar em casa sentado na frente do computador ou do celular postando suas indignações. Ir para a rua exige sacrifício. Tem que levar bandeiras e faixas, chegar na hora do encontro, gritar palavras de ordem e ficar de pé ouvindo discursos.

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Já está passando da hora de o povo ir às ruas independentemente de partido ou segmento a que pertence. Pelo que já foi mostrado pela Lava Jato, e pelo que a maioria dos nossos congressistas fez e continua impune, está provado que manifestações via redes sociais não resolvem. É preciso ressaltar que manifestação tem que ser ordeira, sem vandalismo e depredação de patrimônio público ou privado. Se a internet assustasse alguém, político nenhum usava rede social.

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