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Onde vamos parar?

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Vamos aos fatos! Até que ponto a política influencia nossas vidas? É claro que ela está presente em tudo no nosso dia a dia, mas, convenhamos que, de uns anos para cá, ela tem ocupado um espaço que não lhe cabe.

Digo isso pois estou vendo famílias, amigos, pessoas próximas se distanciarem pelo simples fato de defenderem pontos de vista diferentes. Onde antes era para haver diálogo entre as pessoas para que novas ideias ou discussões maduras pudessem ser colocadas em questão, hoje, esses diálogos se tornaram imposições, críticas, xingamentos, ofensas, só porque não se concorda com isso ou aquilo que determinada pessoa está falando.

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Agora eu lhe pergunto: o que você considera certo ou errado? O que é verdade ou mentira?

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Eu mesmo respondo: quando se tem um grau mínimo de coerência, acredito que podemos chegar à conclusão de que isso que eu coloquei em questão não passa apenas de ponto de vista. O certo para mim pode ser errado para você. O que para mim é uma mentira se torna verdade para o outro. Depende de como eu penso em relação àquela determinada situação.

Não estou construindo esse texto olhando as coisas acontecerem de fora. Resolvi escrevê-lo pois vivi e estou vivendo isso dentro da minha própria família.

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Pessoas começam a se ofender gratuitamente para defenderem algo que está muito acima de nós. Que na teoria seria maravilhoso tomarmos rédea dos rumos do país, mas que, na prática, essa rédea escapa entre nossos dedos e faz com que o cavalo da ignorância saia desembestado por aí, passando por cima de tudo e de todos para se obter apenas o benefício que melhor lhe convém, deixando o discurso lindo da democracia apenas na palavras e nos discursos às vésperas de eleições.

Esse texto é um desabafo em relação ao que estamos vivenciando por conta dessa guerra entre partidos, ou melhor, entre pessoas, que defendem o que não sabem ou defendem aquilo que acham que sabem.

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Como sempre digo ao apaziguar as brigas no grupo da família: “Essa é uma discussão que leva a gente do nada ao lugar nenhum”.

Eu não gosto de me posicionar, sempre prefiro a imparcialidade (que não existe, mas prefiro para não causar conflitos desnecessários), mas, atualmente, como homem gay e jornalista, não posso compactuar com um governo que concorda com que eu seja morto na próxima esquina. Apenas pelo fato de ser quem sou.

Para finalizar, gostaria de fechar esse texto pedindo para que concordem ou discordem de mim. Mandem suas respostas dizendo o porquê concordam ou têm uma opinião diferente da minha. Vou gostar de ler cada comentário.

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Isso é democracia, liberdade de expressão, liberdade de pensamento. Isso se chama liberdade!

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