O início de carreira para todos os profissionais costuma ser desafiador. Para os médicos não é diferente. Digo mais: esse início pode ser ainda mais desafiador. Praticamente todos não têm muitas experiências na área, mas todos saem da universidade providos de competências, habilidades e otimismo para exercer sua profissão. A insegurança pode bater no início da carreira, mas precisam estar cientes e confiantes da formação que tiveram e dos conhecimentos adquiridos nos vários anos dedicados aos estudos.
Como disse, são anos de dedicação. Ao todo, seis anos de formação acadêmica. Além disso, entra a persistência, o foco e renúncias para inúmeras horas de estudo aprofundado em livros, laboratórios, cenários de práticas. A profissão é diferenciada e exige tudo isso e mais um pouco de quem se dispõe a ser médico.
A carreira médica ainda é considerada uma das mais tradicionais, bem remuneradas e valorizadas do Brasil. Muitos alunos acabam sendo atraídos a fazer o curso de medicina por esses aspectos. Porém, afirmo aos novos médicos que para se chegar a este patamar, um caminho sinuoso precisa ser percorrido. Ao saírem da universidade, encararão, dentre os desafios, jornadas de trabalho extensas e exaustivas, infinidades de pacientes com doenças das mais diferentes e, algumas vezes, salários não compatíveis com a dedicação ininterrupta à profissão.
Fora isso, alguns, quando entram no curso, acabam percebendo que não têm vocação. Inclusive, este é um ponto que deve ser trabalhado continuamente com os futuros médicos, principalmente com os recém-ingressos no curso, pois entendemos que ser médico vai além de admirar uma profissão. É nesse ponto que em cena entra outro desafio que está relacionado à escolha de qual atuação da medicina mais desperta interesse.
Essa escolha é relevante, pois a residência é considerada um diferencial e uma oportunidade a mais para os médicos no mercado de trabalho. É na universidade que eles se deparam com as realidades e, na maioria das vezes, finalizam o curso já sabendo qual a especialidade que querem seguir carreira. Como dito, cabe aos novos médicos enfrentarem os desafios que os farão ótimos profissionais humanistas.
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