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Uma nova oportunidade para a paz!

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Equipe Igreja em Marcha<

Grupo de leigos católicos

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“Em meio a tantas festas, mal tivemos tempo para pensar no que de fato queremos, para além das promessas de fim de ano”

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No início desta semana, terminou o tempo do Natal com as celebrações da Epifania do Senhor e de seu batismo. Depois de toda a expectativa da espera e da alegria do nascimento, a chegada dos magos de Oriente ratifica que aquele menino, nascido de um ventre humilde, em condições precárias e entre os mais pobres, veio para ser “rei”, “senhor” e “pastor” do povo de Deus, como outrora predisse o profeta e o sinal no céu indicava. Seu batismo o revela ainda como “Filho de Deus”! Para nós, cristãos, trata-se do mistério da encarnação de Deus, que quis assumir a natureza humana por solidariedade dos homens, não apenas os judeus, mas de todas as nações!

Nas casas, já se vão retirando os enfeites e as luzes… O comércio adianta-se em trocar a maquiagem de suas vitrines… As crianças, em férias, aproveitam-na conforme suas condições sociais, e a vida não pode mais tardar em retomar seus afazeres. Ainda dá tempo para desejar um feliz ano novo atrasado, mas que se apresse, pois a novidade logo vai acabar, e a felicidade vai depender…

De fato, que novidade pode haver quando os meios de comunicação retomam sua programação anual, e mais um show de pseudorrealidade torna a bestializar uma audiência, amestrada a querer ver os “barracos” e as “pegações”? Que novidade quando no Brasil e no mundo se insistem em reforçar os muros entre “as pessoas de bem”, os “legítimos” e os outros “que só querem tomar o que é meu” e “corromper os pilares de nossa sociedade”? E, pior, que novidade se inclusive as igrejas e as religiões recusam o diálogo? A beligerância e a violência não têm nada de novo!

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Tão rápido passa o clima de novidade que, em meio a tantas festas, mal tivemos tempo para pensar no que de fato queremos, para além das promessas de fim de ano… Aumentar nossa riqueza, nossas posses? A quem ofertamos nosso pote de ouro… ao mercado? Ou queremos melhorar nossa aparência, o modo como seremos notados pelo mérito de nossas conquistas? A quem acendemos nosso incenso… à nossa própria vaidade? Não seriam a empatia e a solidariedade mais meritosas do que o perfume de nossa mirra?

O Ano Litúrgico se inicia com o Advento e antecede “o mito do calendário” da virada de ano porque a Boa Nova é Jesus, e a grande novidade de sua mensagem é a paz! Jesus também viveu em tempo de guerras, nos recorda Papa Francisco em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2017, mas ensinou que o verdadeiro campo de batalha, onde se defrontam a violência e a paz, é o coração humano e ofereceu uma mensagem positiva, pregando incansavelmente o amor incondicional de Deus e o mandamento do amor ao próximo. Por isso, quem acolhe a Boa Nova de Jesus sabe reconhecer a violência que carrega dentro de si, deixa-se curar pela misericórdia de Deus e torna-se, por sua vez, instrumento de reconciliação.

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Hoje, ser verdadeiro discípulo de Jesus significa aderir também à sua proposta de não violência, o que não quer dizer rendição, negligência ou passividade, mas sim sermos misericordiosos, pacificadores, puros de coração, termos fome e sede de justiça, banindo dos nossos corações palavras e gestos de violência e construindo comunidades não violentas, que cuidem da casa comum. Assim, para que o ano seja de fato feliz e novo, que sejamos todos “artesãos da paz”!

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