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Ensino superior

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A Doutrina de Jesus é fonte de inesgotáveis ensinamentos, que, em uma só vida, não somos capazes de aprender, conhecer e praticar em sua integralidade. Por isso, são necessárias muitas encarnações. Se outros motivos nos trazem ao planeta, não é culpa de Deus, e sim consequência de nossos atos, escolhas feitas em algum momento, em um tempo na eternidade, e agora colhemos os resultados, regidos que somos pela Lei de Causa e Efeito; e não há escapatória, teremos que corrigir as falhas cometidas, sanando as dificuldades por nós criadas ao próximo e a nós mesmos.

Ensina Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João-14:6). À primeira vista, é muito fácil a empreitada; para ser cristão, basta seguir os ensinos do Cristo.

Jesus repetidamente nos recomenda o exercício da obediência e da resignação como caminho para o aperfeiçoamento moral. Porém, nossa formação humana é em si uma negação a este ensino. Em nossa família, na escola e em demais instituições, somos educados e treinados à competitividade, à vitória e à conquista material. Vivemos no mundo da posse, do poder e do ter, em que se repete: “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. Ou como dizia o antigo político Antônio Carlos: “Aos meus amigos, tudo, aos inimigos, a lei”. Assim seguimos nesta frágil e convencida sociedade, que cada vez mais distante da verdade eterna se arvora à materialidade. Acreditando ser vitoriosa, vai deturpando e corrompendo os ensinos do Cristo.

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Para Jesus, ser obediente e resignado é cultivar sentimentos e condutas que exigem disciplina moral, objetivo de vida e determinação de postura pública. O obediente é aquele que acata a instrução recebida, porque entendeu ser a mais equilibrada e que promoverá benefício ao maior número de pessoas, sem o sofrimento de outros; raciocínio e atitude impossíveis a um egoísta ou autoritário. Como exemplifica o Mestre de Nazaré, a obediência é fruto da razão. Em paralelo, observamos uma pessoa temperamental, um poltrão, aquela sempre revoltada nas incompreensões da vida, que é egoísta nas ações e até mesmo nas ideologias, porque a única importância reside na realização de seus ideais e satisfação pessoal. Por ser a resignação filha da emoção cristãmente equilibrada, nos permite entender o porquê e o para que sofremos dores e dificuldades. Ato que naturalmente nos conduz à serenidade, conseguindo com equilíbrio vencer as etapas difíceis na vida e usufruir dos momentos de calma. Por isso, Jesus enfatiza a obediência e a serenidade, afirmando: “Bem-aventurados os mansos e pacíficos”.

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