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Eleição nacional em 2º turno

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São mais de 60 anos acompanhando a política e as campanhas políticas. Meu marco inicial é a campanha de 1960, quando Jânio Quadros disputou com o Marechal Lott a sucessão de JK e tinha como tema de campanha o combate à corrupção, sendo um broche de uma vassoura, simbolizando a limpeza da vida política, o que todos os janistas carregavam com orgulho no peito.

Meus pais eram udenistas, e Jânio, quando foi fazer campanha em Montes Claros, se hospedou em nossa casa. Foi uma campanha acirrada, radicalizada, mas que nem de longe atingiu o nível de agressividade da disputa atual. Essa polarização induzida, pois de interesse tanto de Bolsonaro quanto de Lula, para evitar o surgimento de surpresas, exacerbou o nível de radicais imbecilizados, e, em sã consciência, ninguém pode dizer até onde vamos com essa violência.

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Faltam três semanas para o brasileiro ir às urnas, e, a considerar quadro apontado por todas as pesquisas, a sucessão presidencial sinaliza uma disputa de segundo turno. E isso preocupa muito. Assusta a possibilidade de que, havendo o segundo turno, ressurja o fanatismo petista, marca de campanhas passadas, como forma de aumentar a resistência ao crescimento indiscutível de Bolsonaro, resultado em parte das medidas econômicas e populistas que adotou – redução dos preços dos combustíveis e aumento dos auxílios em dinheiro à parcela da população -, mas também como reflexo da ação de seus fanáticos seguidores.

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É preciso que as duas campanhas levem a sério a possibilidade de um enfrentamento real entre as duas torcidas – sim, são torcidas, não lideradas -, o que justificaria uma intervenção antidemocrática, sonho por enquanto esvaziado por falta de coesão do grupo que defende essa saída.

O ex-governador Hélio Garcia dizia que o eleitor só se define depois da Parada de Sete de Setembro. Ela já passou. As primeiras pesquisas após as comemorações não mostraram mudanças nas expectativas de votos, embora Ciro e Simone tenham crescido um pouco. Mas, pessoalmente, não acredito em milagres, embora saiba que eles existem.

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Diante de um quadro de beligerância estimulada, agiu bem o TSE em proibir o porte de armas pelos eleitores nas seções de votação. Criticada por alguns ditos especialistas e juristas – como temos especialistas em tudo neste país -, a medida visa evitar atos de demonstração de força no dia da eleição.

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