Por mobilidade urbana se entende: tudo o que se refere aos deslocamentos das pessoas dentro do perímetro urbano. Essa possibilidade de locomoção deve ser provida pela própria cidade, de maneira que seus habitantes possam exercer seu direito de ir e vir livremente, de forma rápida e eficiente.
São diversos os motivos que impedem as cidades de possuírem uma mobilidade urbana eficiente e desejável, mas uma coisa é certa: o volume e o uso indiscriminado do carro é, sem dúvida, o maior problema a ser atacado. A cultura do automóvel ainda é muito forte em países do terceiro mundo, no qual o Brasil se inclui.
O espaço público, prioritariamente, pertence às pessoas, depois aos veículos cicláveis, ao transporte público, ao transporte de cargas e, por último, aos automóveis e às motocicletas. Essa é ordem na pirâmide invertida do trânsito.
Juiz de Fora tem hoje quase 600 mil habitantes, 250 mil veículos cadastrados e, conforme se pode constatar, vem experimentando gradativa deterioração na qualidade da mobilidade. O trânsito, quase que diariamente, tem sido obstáculo à qualidade dos deslocamentos diários das pessoas. As viagens das residências para trabalho, escola, lazer, saúde, e vice-versa, estão cada vez mais comprometidas, já que se perde-se muito tempo nos deslocamentos.
A Autoridade de Trânsito, no entanto, sabe que há, ainda, algumas medidas a serem aplicadas para melhorar a mobilidade urbana. Dentre as quais citamos: restrição às vagas do estacionamento público, elevação do valor cobrado pelo uso das vagas que permanecerem permitidas, o planejamento de bairros autossuficientes, a criação e ampliação de redes cicloviárias, quiçá até mesmo a implantação do pedágio urbano na área central da cidade, etc.
Nesse contexto, é de fundamental importância considerar a priorização de um transporte público de qualidade, a ampliação e o alargamento das calçadas para atender melhor aos pedestres, o estímulo ao uso das bicicletas como modal de transporte e, principalmente, medidas restritivas ao uso do automóvel. A cidade, porém, cresce e tem que se preparar para o futuro. Em dez anos, provavelmente, seremos um milhão ou mais de habitantes. Sob esse aspecto, Juiz de Fora não poderá prescindir de um sistema de transporte de massa refiro-me à implantação de um metrô, cujo projeto é uma realidade que integra o livro (ainda no prelo) “Maglev Metropolitano”, de autoria do engenheiro ferroviário Eduardo David Gonçalves.