O cenário político atual no Brasil apresenta uma polarização que limita os agentes políticos e ao mesmo tempo trava o debate que deveria ser em nome do povo: recorrentemente, nos deparamos com a opinião pública discutindo ideologias em vez de soluções práticas e ágeis para os anseios da população.
Assim, os brasileiros voltam suas atenções para reafirmarem suas convicções e, naturalmente, se esquecem de levar adiante as pautas que comumente serviriam para nos unir entorno de um bem comum, que promovam dignidade e justiça social para o nosso país, que há muito sofre pelo descaso do Poder Público.
Nesse contexto, uma parcela significativa e importante da nossa sociedade está cada vez mais distante do jogo democrático: os jovens. Os dados mais recentes apontam que apenas um em cada cinco potenciais eleitores com idade entre 16 e 17 anos tirou o título de eleitor para votar nas eleições de 2022. O prazo para esse cadastro termina no próximo dia 4 de maio, e esses números indicam outra grave realidade, a de que neste pleito atual teremos o menor quantitativo de adolescentes habilitados para comparecerem às urnas dos últimos 20 anos.
Caso queiramos realmente apresentar algo inovador, que venha para compor novos horizontes, para propor alcançarmos diferentes possibilidades e superarmos desafios que até então não víamos como concebíveis para nossa geração, teremos que instigar e abrir os espaços necessários para que a juventude tome o seu devido lugar e passe a integrar de fato os quadros na nossa política, a nível nacional e, sobretudo, local, tomando consciência da relevância de seu engajamento para contribuírem através de seus papéis como cidadãos e cidadãs, exercendo, assim, o direito de escolha através do voto.
Enquanto vereador mais jovem a compor a presente formação da Câmara Municipal de Juiz de Fora, levanto essa reflexão neste dia 13 de abril para que possamos ir além. Hoje, estamos comemorando, justamente, o Dia do Jovem. Nesta data, celebramos a figura do jovem na sociedade e a relevância da sua formação e maturidade para composição de um futuro melhor para todos nós. Cresci e fui forjado acompanhando, em casa, no dia a dia, a prática política. Presenciei o quanto a ação social bem executada pode mudar a vida de famílias e comunidades inteiras.
Com esse sentimento, reafirmo o valor da juventude para darmos novos ares às nossas bases democráticas. Com uma participação social ativa e interessada dos nossos jovens, estaremos oxigenando e fortalecendo nosso Estado de Direito. É igualmente oportuno que, ao darmos esse devido valor aos nossos jovens na política, cada vez mais possamos também melhor prepará-los para que, de fato, estejam aptos e adeptos a participarem de uma sociedade mais acolhedora e humanizada para todos nós.
Que Deus, em nome de Jesus, nos abençoe!