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Intervenção no Príncipe Hotel e outros bens

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Artigo

É maravilhoso saber que um imóvel tão importante da Praça da Estação está com uma obra de intervenção cujo projeto foi avaliado e aprovado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac). Da mesma forma, devemos saudar a Divisão de Patrimônio Cultural pelo extenso  trabalho de apoio ao Comppac na preservação, defesa e divulgação do rico acervo do Patrimônio Cultural de Juiz de Fora.

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Voltando à obra no Príncipe Hotel, observa-se que houve uma remoção total da cobertura e inclusive da cúpula, sem qualquer proteção contra as chuvas. Certamente, os proprietários têm o acompanhamento de um especialista para lidar com restauração, visto que as peças têm mais de cem anos. Caso contrário, poderá ocorrer como aconteceu com o chalé Rosa da Avenida Barão do Rio Branco, ao lado da Santa Casa, cujo telhado do alpendre recebeu telhas novas com material e formato diferentes; a colocação se difere da original, em zigue-zague, e, até o momento, não houve retorno das suas características.

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Aproveitamos a ocasião para lembrar que toda intervenção em bens tombados deve ser analisada e aprovada pelo Comppac e, em vista disto, estranhamos a instalação de dois postes altos que estão junto ao imóvel tombado localizado à Rua Halfeld 695, esquina com a Praça João Pessoa.

Da mesma maneira, gera inquietação a instalação de postes de iluminação dourados, em frente aos bens tombados: prédios da Cia. Pantaleone Arcuri e do Instituto de Educação. O Decreto nº 2.863, de 19 de janeiro de 1983, que tomba o prédio do “Castelinho da Cemig”, estabelece no art. 2º, letra “b”, a preservação da visibilidade que se tem do conjunto a partir da Praça Antônio Carlos e da Rua Espírito Santo. Da mesma maneira, as árvores e espécies de palmeiras plantadas nesta região irão impedir, no futuro, a visão da área definida no referido decreto.

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Queremos, finalmente, alertar que estão aplicando resina nas pedras e nos tijolos maciços nas fachadas do “Castelinho da Cemig”, tombado pelo decreto supracitado. Sua aplicação irá, com o tempo, provocar danos como o que ocorre na fachada tombada à Rua Espírito Santo 472 (Cemig), com alguns tijolos maciços em processo de esfarelamento.

Aloísio Magalhães, que foi diretor do Iphan, dizia que a comunidade é a verdadeira guardiã do patrimônio, por isso, devemos estar junto dos órgãos de proteção na preservação do acervo fabuloso que os nossos antepassados nos legaram.

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