O primeiro alemão a chegar ao Brasil foi o astrônomo e cosmógrafo Meister Johann, exercendo a função de náutico de Pedro Álvares Cabral.
Hans Staden (1525-1576), de Homberg, também esteve aqui e escreveu o primeiro livro em língua alemã sobre o Brasil.
No século XIX, acompanhando a imperatriz Leopoldina, vieram vários cientistas alemães, e o príncipe regente Pedro, assessorado por José Bonifácio, enviou Georg Anton von Schaeffer à Europa em busca de militares. Schaeffer, no entanto, insistiu com os governantes brasileiros para que trouxessem, também, agricultores e artesãos.
Recomendou que os colonos fossem instalados em áreas em que não houvesse escravos e que se fizesse colonização com pessoas livres.
Em 1822, duas colônias foram criadas na Bahia pelo major: a Frankenthal e a de São Jorge de Itabuna, e essas pessoas foram expostas a situações degradantes, como falta de recursos e doenças tropicais.
Em 13 de janeiro de 1824, chega ao Rio o navio Argus, e seus passageiros foram encaminhados a uma colônia em Nova Friburgo. Mas essas terras seriam de má qualidade. “Como as colônias da Bahia e de Nova Friburgo não atenderam às expectativas do Império”, conforme o Blog História de Nova Friburgo, considera-se como marco oficial da imigração alemã a data da fundação de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, em 25 de julho de 1824.
Posteriormente, inúmeras outras colônias foram criadas nas regiões Sul e Sudeste, por cerca de quatro a cinco milhões de imigrantes de língua alemã.
A imigração continuou no século 20, com muitas pessoas chegando após a Primeira e a Segunda Guerra.
Atualmente, calcula-se que cerca de dez milhões de pessoas dessa etnia vivem na sociedade brasileira completamente integradas, com uma enorme riqueza de hábitos e costumes. Por onde os imigrantes alemães e seus descendentes brasileiros passaram, eles fundaram escolas, hospitais, igrejas, clubes, sociedades, cervejarias, estúdios de fotografia, jornais, entre outros, tendo deixado, assim, suas marcas na sociedade e na cultura brasileira.
Em Juiz de Fora, a história com os “alemães” começa com Heinrich Wilhelm Ferdinand Halfeld, nascido no Reino de Hannover em 23 de fevereiro de 1797, que foi trazido ao Brasil em 1825 por von Schaeffer, para integrar o imperial corpo de estrangeiros formado por d. Pedro I. Por ter formação em engenharia, em 1837, foi incumbido de construir a Estrada do Paraibuna, ligando Vila Rica a Paraibuna, na divisa com o estado do Rio.
Quando as obras atravessaram nossa região, surgiu o povoado que, mais tarde, se tornou Juiz de Fora, sendo Halfeld considerado fundador dessa.
Em 1856, chegaram cerca de 120 alemães (mais ou menos 20 profissionais e suas famílias), que trabalhavam como folheiros, seleiros, carpinteiros, fabricantes de carroças, ferreiros etc., que foram trazidos para trabalhar na Cia. União Indústria.
Em 1858, cerca de 230 famílias, num total de 1.162 imigrantes, vieram formar a Colônia D. Pedro II.
Os alemães e seus descendentes se destacaram na formação da cidade e ajudaram-na a enriquecer. Forneceram profissionais para toda a espécie de empreendimento e colaboraram fortemente para que a cidade se tornasse uma grande metrópole.