Dois mil e dezessete está chegando ao fim, marcado por escândalos e turbulências na política, polêmicas judiciais, redução da inflação e dos juros no cenário econômico, que proporcionaram uma lenta recuperação da economia, após a violenta recessão de 2015/2016 com queda de mais de 8% do PIB, na qual fomos jogados devido aos erros grosseiros cometidos na condução da economia pelos governos Dilma.
Precisamos refletir! O ano foi bom ou ruim? Como sou otimista, procuro sempre valorizar o que aconteceu de bom e tirar conclusões sobre o que deu errado, para fazer diferente numa próxima oportunidade.
Analisando os acontecimentos, podemos dizer que foi positiva a aprovação pelo Congresso Nacional da Cláusula de Desempenho, escalonada nas eleições para deputado federal dos anos de 2018, 2022, 2026 e 2030, quando os partidos que não obtiverem percentuais mínimos de votos (crescente de 1,5% a 3%) não terão direito aos recursos do fundo partidário e ao tempo de televisão, e a proibição de coligações para a eleição dos membros dos legislativos a partir da eleição de 2020. Essas mudanças constitucionais implicarão a redução gradual, mas continuada na quantidade de partidos em funcionamento. No meu entendimento, isso possibilitará mais agilidade na formação de consensos ou maiorias para decidir sobre os assuntos importantes da vida das pessoas. É certo que a velocidade dos avanços tecnológicos e a rapidez na circulação das informações necessitam de contrapartida justa nas legislações, e essas precisam de dinamismo para serem atualizadas.
Por outro lado, meu Deus! No formato que foi aprovado, o fundo eleitoral representa a continuação de um grande problema: “O enorme gasto público com as campanhas eleitorais”. Beneficia os detentores de mandatos, inclusive muitos que não têm representado os seus eleitores, cuidando apenas dos próprios interesses e que em diversas situações não foram nada republicanos. Esse modelo dificulta a renovação na política.
Quanto à evolução dos indicadores econômicos, não podemos deixar de destacar o lado positivo de estarmos fechando 2017 com inflação abaixo de 3% e a SELIC a 7% ao ano. Esse movimento sincronizado está permitindo um descolamento da economia em relação às dificuldades políticas. O fim da retração econômica e a retomada do crescimento serão confirmados com o resultado positivo do PIB de cerca de 1% ao final deste ano. Por outro lado, é imperioso restabelecer saldos positivos nas contas dos Municípios, dos Estados e principalmente da União, inclusive encontrar um ponto de equilíbrio entre os recursos arrecadados pela Previdência e os benefícios pagos aos já aposentados. Muitas vezes, encontramos recebimentos muito altos para os que trabalharam no Executivo do setor público, Judiciário e Legislativo, que são menos de um milhão de pessoas e geram um déficit anual de mais de 77 bilhões de reais, tornando-os um grupo de privilegiados dentro da sociedade.
Para 2018, acredito num crescimento de 3% do PIB, com geração de um bom número de postos de trabalho, reduzindo o imenso contingente de desempregados, ou seja, melhorando a vida de muitos brasileiros, resultando no início de um círculo virtuoso de crescimento da economia. Outra questão muito importante a ser debatida e realizada no próximo ano é a reforma tributária. Além de o pagamento de impostos abocanhar 36% do que nós produzimos, as regras para o recolhimento são confusas e complexas, consumindo um imenso esforço humano dos contadores. Isso precisa mudar! Simplificar a forma e reduzir o trabalho gasto com o recolhimento de impostos é urgente e necessário para destravar muitos investimentos.
Essas mudanças precisam resultar em um ambiente harmonioso de negócios e empreendimentos, fazendo o Brasil funcionar com menor custo operacional para todos que produzem, possibilitando que os resultados sejam positivos.
Não vamos desistir do Brasil, nem de Minas Gerais e muito menos de Juiz de Fora. Trabalhar muito para fazermos um ótimo 2018, superando os obstáculos que surgirem, precisa ser nossa meta.
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