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Oitavo mandamento

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Dentre as Leis Mosaicas, mais conhecidas como “Dez Mandamentos”, vemos relacionado de modo claro no oitavo mandamento: “Não furtarás”. Essa lei moral proíbe efetivamente que nos apoderemos da coisa alheia sem o consentimento do proprietário.

Jesus aprimorou esta regra, como podemos ver na anotação constante no Evangelho de Lucas (6:30, 34 e 35), em que Cristo ensina que devemos ajudar a quem pedir e que não existe nenhuma virtude em ajudar esperando gratidão ou reconhecimento. Se até os pecadores emprestam uns aos outros, então auxilie, empreste sem esperar nada em recompensa.

Desse modo, Jesus esclarece que, para ser cristão de fato, é insuficiente não furtar e não ofender ao nosso próximo; é necessário deixar de ser avarento, egoísta, é fundamental que nos esforcemos muito no cultivo da boa vontade para com os que batem às portas de nossa casa ou do nosso coração, solicitando algum auxílio, sem esperarmos nenhuma retribuição.

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Evidente que não se trata de auxiliar de modo indiscriminado quantos apelem à nossa caridade. É sabido que existem aqueles que esmolam por vadiagem e os que exploram a boa-fé. A esses, nosso auxílio torna-se prejudicial, porque contribui para a permanência no ócio, quando o ideal é que cada um se sustente com o trabalho próprio na conquista do que lhe é materialmente necessário e a sua dignidade pessoal. Mas toda cautela exige limites. Em caso de dúvida quanto à veracidade de quem pede, examinemos o nosso coração, porque é melhor errar auxiliando a quem não necessita tanto do que deixar de acudir ao verdadeiro necessitado.

De fato, não existem tantas pessoas más; em geral, são, sim, ignorantes, portadoras de enfermidades morais, desconhecedoras da Lei de Causa e Efeito, não sabem que recebemos exatamente e na justa proporção que doamos. Quem é enfermo necessita de medicamentos, e quem pratica a maldade precisa de elucidação no caminho do bem.

Nossa vida física é rápida, num piscar de olhos se vai, e deixamos nossas lembranças segundo as obras realizadas, e não existe nada que supere a caridade para com o próximo.

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Ame seu inimigo, faça o bem aos que te caluniam e perseguem, para que possa ser chamado de filho do Pai, que está nos céus.

As opiniões e o posicionamento do jornal estão registrados no Editorial. A Tribuna respeita a pluralidade de opiniões dos seus leitores. Esse espaço é para a livre circulação das ideias.

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