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A educação é a solução

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A retórica não faz sentido, não se melhora a educação de um país somente com palavras, é preciso ação, usar bem o dinheiro disponível e oferecer qualidade desde os primeiros, e mais importantes, anos escolares de uma criança, quando ela está sendo preparada para toda sua vida acadêmica, que será longa até o desejado diploma universitário e, consequentemente, a chance de melhorar de vida.

Educação de qualidade se faz ofertando aos alunos bons professores, que, além de salários justos, precisam ter uma formação sólida e equipamentos didáticos apropriados em sala de aula. Não adianta ter professores com doutorado na escola sem que ela ofereça boas condições para que ele dê uma boa aula. A responsabilidade do ensino não pode ser toda do professor. Elle é o principal elo entre o conhecimento e o aluno, mas sem boas condições esse elo torna-se frágil. As escolas devem oferecer uma estrutura pedagógica bem arquitetada no sentido de que o conhecimento seja plenamente oferecido e, fundamentalmente, fixado pelos alunos.

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Manter as escolas pintadas, as carteiras novas e em condições de uso, ter merenda nutritiva no recreio representam o mínimo que se pode oferecer aos alunos, mas é importante ter muito mais para que o ensino seja realmente de qualidade. Um bom salário pago aos professores valoriza o seu trabalho, mas não é o único e nem o principal fator de valorização, pois só dinheiro no bolso, sem uma estrutura adequada, o nobre ato de ensinar não alcançará o resultado desejado. A ação governamental tem que ser mais efetiva. Bons salários, escolas limpas e bem organizadas são o básico a ser oferecido. Além disso, as bibliotecas escolares devem ter bons livros para que os alunos ampliem seus conhecimentos a expandam os seus horizontes, conteúdo em sala de aula não basta, precisa ser complementado com leitura; e muitos pais não têm condições financeiras de comprarem livros, por isso, é necessário ter uma biblioteca bem estruturada na escola.

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Muitos alunos de escolas públicas não conseguem interpretar o que leem, um texto simples não conseguem entender, têm um vocabulário limitado ao universo onde vivem e, quando confrontados com palavras fora de seu contexto, não sabem o seu significado. Enfim, ao ter que fazer uma redação, principalmente no Enem, sentem a deficiência vocabular perdendo pontos importantes devido ao peso da redação no exame, causando a perda da vaga em uma universidade pública. Alunos, filhos de famílias mais abastadas, que estudam em colégios particulares têm mais oportunidades de sucesso no exame. Todos os estudantes deviam estar parelhos em conhecimentos ao concluírem seus estudos.

As cotas são instrumentos importantes de inclusão, mas faz-se necessário um trabalho paralelo de desenvolvimento da educação nas escolas públicas, para oferecer um ensino tão bom que as diferenças socioeconômicas deixem de ser um fator limitante para um estudante e, que, através da educação, essa pessoa possa vislumbrar um futuro mais próspero e mover-se para cima na escala social.

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