Desde os tempos antigos, a ideia de justiça mais perfeita possível para as classes oprimidas torna-se constante entre o povo anônimo. Preocupam-se os atingidos pelos graves problemas da vida e tantas outras pessoas, que veem o outro como o próximo.
A cada tempo em meio à sociedade, surgem pensadores e escolas filosóficas de todas as ordens, buscando soluções para a justiça social, sem nunca encontrarem de fato as soluções, porque os intelectuais analisam as questões materiais, que são os efeitos, enquanto a causa efetiva é ensinada e explicada na Lei de Causa e Efeito.
Quando a violência extrema e a corrupção explodiram em desesperança entre os cidadãos de Roma, na modesta manjedoura nasce a luz: Jesus anunciando a Boa Nova e se apresentando como asilo aos desamparados e tristes.
Vinde a mim, todos os que sofrem e têm fome e sede de justiça, e eu vos aliviarei.
Os ensinos e exemplos de Jesus de Nazaré ecoam pelo mundo, dos tempos da Judeia e do Império Romano aos dias atuais. E nas passagens dos séculos não só os sofredores ouvem o retumbar das palavras do Nazareno, mundo afora todos aqueles dotados de uma tênue sensibilidade ouvem seu clamor: vinde a mim todos que sofrem.
Através do tempo passante, vamos a Ele, pelo Evangelho, na busca de instruções, respostas e orientações, que nos conduzirão certamente a caminhos suaves e plenos de realizações, aprendendo sobre as nossas próprias imperfeições e infelicidades e entendendo que estamos no caminho do aprimoramento e que todas as nossas dores podem ser corrigidas no esforço íntimo.
Oprimidos, aflitos, desamparados, fracos, cansados, sedentos de justiça, toda a legião de sofredores, buscamos Jesus, hoje em Espírito e Verdade, aprendendo a não mais nos irritarmos com os desejos frustrados, com as rebeldias e os sonhos impossíveis, não guerrearmos contra as injunções da vida, mas sim compreendê-las, não por algum privilégio ou superioridade, mas pelo simples fato de havermos iniciado o entendimento da eternidade da vida e das divinas leis que regem a existência de cada um e da humanidade como um todo.
Jesus nos ensina a caminhada diária para o eterno e que tudo o que nos apresenta por grande dificuldade traz em si um ensinamento de vital importância.
Se há fome de justiça, busquemos no Divino Amigo o pão que desce do Céu, entretanto peça ao Pai que sacie a fome de prazeres e aquisições temporárias e algumas inúteis. Estando enfermo, procure socorro no divino médico, mas esteja atento para pedir-lhe o remédio contra as desordens e as doenças íntimas.
Vinde a mim, convida o Cristo. Para escutá-lo e atender o convite, é fundamental que estejamos imersos no culto à paz e à boa vontade.