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Celso Matias, presente!

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Na última semana, nosso amigo e colaborador Celso de Castro Matias Neto foi ao encontro do Senhor de forma rápida e silenciosa e sem tempo de se despedir dos inúmeros amigos e companheiros que reuniu durante toda a sua vida. Nas redes sociais, alunos desse ex-professor da Universidade Federal de Juiz de Fora e da Suprema homenagearam-no de todas as formas saudosas possíveis. Todos tinham uma palavra ou uma história sobre o mestre, que foi uma presença fundamental no aprendizado de muitos estudantes.

Mas Celso foi mais do que um mestre, ele foi um combatente das causas do Senhor. Um cristão que, no cotidiano, partilhava e vivenciava sua fé com todos e todas. Como Cristo, ele sempre combateu o arbítrio, as desigualdades, o autoritarismo e defendia os invisíveis com força. Por isso, em sua trajetória, figura como um dos fundadores do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Juiz de Fora, e, como seu representante, participou da Comissão Municipal da Verdade.

Colaborador contínuo desse espaço, que há mais de 50 anos resiste na luta pelos leigos católicos, a Igreja em Marcha perde um grande amigo, e sua ausência será sentida todos os dias, mas em sua honra lembraremos e continuaremos na resistência, como temos certeza de que ele desejaria. Sua luta humanista será celebrada por nós e por seus inúmeros amigos. Como escreveu o jornalista e admirador João Tavares: “Celso Matias, um homem, um humanista. O homem partiu. O humanista ficará conosco. Em nossa memória, o registro de uma vida honrada”.

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Vivemos tempos difíceis e confusos, em que pessoas que não se furtam à luta fazem toda a diferença. Celso Matias nunca se escondeu e sempre esteve pronto para defender os princípios democráticos e cristãos. Um raro cristão que não se limitava às orações, mas também ao cumprimento dos desígnios de Deus. Sempre participante dos inúmeros movimentos cristãos, sua ausência será honrada pelos companheiros que fez ao longo da sua trajetória.

Ainda lembrando o jornalista João Tavares: “Ao longo da vida, ele carregou no coração as dores de toda a humanidade. Para ele não havia distinção de qualquer espécie. Filhos e filhas de Deus somos todos irmãos, e era assim que ele via e vivia a vida. Um raro ser humano que vivia o que pensava e fazia sempre o bem, sem olhar a quem. Pai, amigo, professor, médico; difícil dizer onde ele se saía melhor”.

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