“E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: que buscais?” (João 1:38)
“Que buscais?” foi a pergunta de Jesus endereçada a dois discípulos, que é estendida a todos os homens há dois mil anos. O que buscamos diariamente? O suprimento das necessidades do corpo, das exigências materiais ou, além, buscamos a melhoria do espírito eterno? O que buscamos no trabalho profissional, no serviço fraterno, no convívio em família ou em sociedade? A indagação de Jesus é o questionamento em relação às nossas finalidades, ao nosso comprometimento conosco e com o nosso próximo.
O Cristo aguarda cada coração no trabalho íntimo de reajuste aos padrões de seu Evangelho. A Terra é a grande escola das almas onde se educam alunos de todos os níveis. Ainda, a humanidade se vê distraída com o mundo material, esquecida de sua essência, do motivo de estar no Planeta Terra e para que Deus concede a sublime oportunidade da reencarnação.
Renovando os ensinamentos de Jesus, a Doutrina Espírita vem despertar a alma adormecida no corpo físico, indiferente à mensagem de amor, para que melhor possa viver com saúde, equilíbrio e paz íntima. É através do amor ao próximo e do respeito à vida que forjamos nossa paz, para então levá-la aos demais, conforme orienta d. Isabel Salomão de Campos. A Doutrina Espírita alimenta nossa alma, dando-nos paz, equilíbrio e esperança em um futuro melhor, que nós construímos para nós mesmos e para todos aqueles que desejam seguir as pegadas de Jesus, sem medo da cruz. A cruz que carregamos, esclarece d. Isabel, é fabricação nossa, decorrente de nossa indiferença com as leis de Deus.
E é no dia a dia, na conduta com nossos semelhantes, no uso da palavra edificante, na ajuda desinteressada, nas atitudes dignas, que vivenciamos o amor ensinado pelo Cristo.
Emmanuel, na mensagem “Ante o objetivo”, pela psicografia de Chico Xavier, informa-nos que alcançaremos o alvo que mantemos em mira; entretanto, destaca que cada meta a que nos propomos tem o preço respectivo, seja para os que perseguem resultados puramente inferiores ou para aqueles que se candidatam à melhoria com vistas à vida eterna.
Escutemos, no íntimo, a convocação de Jesus e busquemos a coerência entre o ideal e o esforço, entre o desejo e a realização, analisando-nos e meditando em torno de nossos desejos mais ocultos. A opção é individual e intransferível. Reflitamos, lembrando-nos de que o Mestre rompe algemas e abre portas renovadoras. Jesus nos aguarda e orienta: “Buscai, acima de tudo, o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas ser-vos-ão acrescentadas.” (Mateus 6: 33)
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