Ícone do site Tribuna de Minas

Entre o cuidar e o ser cuidado: reflexões sobre a saúde mental dos psicólogos

tribunalivre destacada
PUBLICIDADE

Ser psicólogo envolve a gestão constante de informações emocionais complexas. A exposição contínua a problemas e conflitos dos pacientes pode gerar um grande desgaste emocional. É crucial estar atento a esses desafios para prevenir a exaustão física e mental.

Um dos aspectos mais delicados é o excesso de empatia. A capacidade de se colocar no lugar do outro é essencial para que o processo terapêutico ocorra de forma genuína e fluida. No entanto, quando ultrapassa os limites saudáveis, pode ocorrer a fadiga por compaixão – um estado de exaustão que resulta do excesso de cuidado. Esse desequilíbrio compromete não só a qualidade do atendimento, mas também a saúde mental do psicólogo.

PUBLICIDADE

Outro risco constante é o burnout, esgotamento profundo causado por cargas de trabalho excessivas, falta de apoio ou expectativas irrealistas sobre o progresso dos pacientes. A pressão para manter uma imagem de “super-herói” ou de perfeição também pode ser avassaladora. É imprescindível que o psicólogo entenda seus próprios limites, pratique o autoconhecimento e estabeleça uma rotina saudável de autocuidado.

PUBLICIDADE

O apoio por meio da supervisão é uma ótima saída. O autoconhecimento deve ser priorizado e é essencial incluir práticas de relaxamento, respiração e um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.

A terapia pessoal também é fundamental para que o psicólogo não se confunda com as questões de seus pacientes. É necessário que o psicólogo reconheça que, para cuidar do outro, precisa antes cuidar de si.  

PUBLICIDADE

O perigo surge quando o psicólogo acredita ser imune às questões do adoecimento emocional e se nega a buscar ajuda. É preciso reforçar a importância de participar de supervisão regular, fazer terapia, estabelecer limites claros entre vida pessoal e profissional, manter uma rede de suporte e, acima de tudo, respeitar seus próprios limites. Como dizia Carl Gustav Jung: “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”.

Esse espaço é para a livre circulação de ideias e a Tribuna respeita a pluralidade de opiniões. Os artigos para essa seção serão recebidos por e-mail (leitores@tribunademinas.com.br) e devem ter, no máximo, 30 linhas (de 70 caracteres) com identificação do autor e telefone de contato. O envio da foto é facultativo e pode ser feito pelo mesmo endereço de e-mail.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile