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Juiz de Fora e a poluição visual

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Há algum tempo, a Prefeitura de Juiz de Fora divulgou a realização de uma obra para abrigar camelôs e ambulantes em um camelódromo, desistindo logo depois do projeto. O fato é que a permanência desses vendedores nas ruas da cidade está se tornando um grave problema. A implantação do projeto Ruas Completas, na Marechal Deodoro, é uma solução paliativa para o local, com bons efeitos. Não tenho nada contra essa categoria de trabalhadores, eles têm o direito de trabalhar, porém sem trazer problemas para a cidade.

Aos trabalhadores autorizados somam-se os vendedores de frutas, peças de roupas, mídias piratas etc. A Avenida Getúlio Vargas é um verdadeiro caos (segundo o teatrólogo Gueminho Bernardes, é o local onde “o capeta coloca seus ovos” na parte da tarde), e é quase impossível andar por lá devido aos pontos de ônibus e à quantidade de barracas dos ambulantes. Estes ainda colocam um monte de caixotes e caixas de papelão nas proximidades das barracas, multiplicando o problema. Para completar, existem comerciantes que põem seus produtos na calçada, e a rua fica impraticável. Até quando teremos esta situação? Onde está o Poder Público Municipal que não vê nada disso?

Um camelódromo seria a solução definitiva para resolver a situação. Algumas cidades que eu conheço adotaram essa prática, e os resultados são excelentes, como Florianópolis (SC), Bertioga (SP), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (Shopping “Oi”, que não tem nada a ver com a telefônica, e sim com sua localização, na Rua Oiapoque) e Teresina (PI). Nessas três últimas, os locais são fechados, onde se vende de tudo, inclusive eletroeletrônicos.

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O “shopping dos camelôs”, em Teresina, chamado “Shopping da Cidade”, é o suprassumo desse tipo de comércio. Situado no Centro da cidade, é um prédio de três pavimentos, com quase dois mil boxes, que fica em uma praça em frente à catedral, dotado de escadas rolantes. Parece uma loja de departamentos, com produtos de todo tipo, e conta até com restaurante.

É preciso que seja tomada uma providência para regularizar a situação da Getúlio Vargas, que se tornou o cartão-postal negativo da cidade. Vou apresentar uma sugestão para minimizar o problema, caso seja viável: distribuir as barracas autorizadas na Praça da Estação, no Largo do Riachuelo e no calçadão entre as avenidas Rio Branco e Andradas, próximo ao Palácio da Saúde, deixando a Avenida Getúlio Vargas menos poluída e facilitando o trânsito de pessoas.

Aproveitando o gancho: a cidade está abandonada, com buracos no asfalto para todo lado, mato invadindo passeios, moradores de rua aos montes, que durante o dia deixam seus pertences debaixo das marquises e saem para perambular pelas ruas. O cúmulo do absurdo acontece no Parque Halfeld e na marquise do Fórum Benjamin Colucci, onde famílias estão “morando”. Pergunto de novo: por onde andam a Prefeitura, a Câmara Municipal e os fiscais da Prefeitura?

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