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Amparo espiritual

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Por ocasião da libertação de Pedro da prisão por um anjo enviado pelo Senhor, relatada nos Atos dos Apóstolos, observamos significativa mensagem. Aqui identificamos o auxílio espiritual para um espírito missionário. Pedro seria aquele que apascentaria as ovelhas do Cristo e construiria a grande obra com alicerces, em base sólida, do cristianismo nascente. O anjo o libertou, mas não realizou o trabalho para o missionário cristão.

Assim também sói acontecer conosco. Espíritos em evolução, todos nós temos um trabalho a realizar. Nossa encarnação, cuidadosamente preparada pela espiritualidade superior antes do nosso berço, guarda um objetivo primordial: o nosso progresso. Para tanto, nos é traçado um roteiro, um trajeto a ser percorrido. É de nosso livre-arbítrio cumpri-lo ou não.

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Deus, em sua infinita misericórdia, bondade e sapiência, nos concede um espírito protetor ou anjo de guarda. Este, de envergadura superior à nossa, zela por nossa existência. Tem como missão nos dar conselhos nas decisões que tenhamos que fazer, nos consolar em nossas aflições e nos dar coragem mediante as provas da vida.

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Estando conosco desde nosso berço ou antes mesmo dele, esse espírito amigo zela por nós, como um pai a um filho. Alegra-se diante de nossas vitórias e se entristece diante de nossos fracassos. Como bom professor, não exercerá para o aluno a tarefa confiada. Mas nos auxiliará nesse mister.

Sabendo que todos os desafios que a vida se nos apresenta estão ao nível de nossa capacidade de enfrentamento, eis que, exercendo esse intercâmbio divino, a tarefa ser-nos-á mais fácil.

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Importante, porém, é a disciplina que devemos cultivar para esse fim. Vigiando nossos pensamentos para não resvalarmos na má conduta e criando o hábito da oração, estreitamos laços com esse amigo que o céu nos legou. A prece, sincera e humilde, estabelece essa comunicação benfazeja, auxiliando-nos nas difíceis jornadas da vida.

Esse nosso melhor amigo, invisível aos olhos carnais, demais será talvez o único a nos acompanhar nos cárceres, nos hospitais ou nas escolas da vida. Porém é importante que lhes demos ouvido. Que nos ajustemos aos seus conselhos e avisos. Muitas vezes rebeldes, orgulhosos, egoístas e até cruéis, afastamo-nos dessa influência salutar e nos sintonizamos com o mal. Lembremo-nos: a escolha é sempre nossa.

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Aproveitemos, todos nós, as dádivas dos céus, a chance da encarnação, realizando a tarefa que nos foi confiada com amor e carinho! Estreitemos os laços com esse amigo que o bom Deus nos confiou! Sintonizemos com ele não só pedindo, mas agradecendo o muito que recebemos. E assim seguiremos o nosso Cristo Jesus, compreendendo e incorporando melhor as suas palavras: “Meu fardo é leve, e meu jugo, suave”.

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